Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2015

Todas as Pessoas do universo de Zenit Zohar Saphyr

Zenit Saphyr - Eu, nascido no Brasil de mãe caucasiana, fugi de casa ainda antes da minha adolescência e fui educado por índios que me passaram uma visão do mundo muito particular. O meu grande objectivo de vida é fazer com que o meu dia de amanhã seja ainda mais extraordinário que o dia de hoje, subindo sempre na escala de felicidade que a vida me proporciona. Nadir Veld - Meu principal personagem. O seu nome, em astrologia, significa "o ponto da esfera celeste exactamente por baixo do observador", o que é exactamente o contrário de zénite. Ele também é o oposto do que eu sou, um indivíduo deprimido, sempre de cabeça baixa, seguro de que o melhor caminho para si é o suicídio, que o libertará de todas as dores. Alvos Millar - A estrela da morte. Esta personagem é a entidade pura que conduz as almas depois da sua libertação do corpo e escreve poemas sobre essa passagem, que nem ele compreende totalmente. Homem-Orquestra - O Homem Orquestra, que reproduz todos os sons do

Compromisso Social

Compromissos Sociais Tão irreais Perfeitos Embrulhos vazios imateriais Oferecidos e guardados nas prateleiras principais, mas ainda assim esquecidos

Gosto (XXVIII)

Gosto de ouvir conversas em línguas bárbaras, das quais não entendo uma palavra, enquanto vou movendo a cabeça de um interlocutor para outro à medida que cada um fala e sorrio reverentemente, por eles conseguirem comunicar realmente com tão estranhos vocábulos. Enquanto escuto esta conversa sem a perceber, tento identificar palavras universais, quase sempre com êxito, e depois repito-a em voz alta, para mostrar-lhes que a compreendo e que se diz igual em português.

Gosto (XXVII)

Gosto de tentar adivinhar os versos seguintes dos poemas cantados, principalmente em canções portuguesas, missão que se me afigura como bastante fácil. Às vezes concluo trechos da música e os meus amigos que comigo estão ficam espantados e dizem-me que eu conheço muitas músicas. Eu sorrio e digo que não conheço assim tantas, mas aquela era a única rima possível, a única palavra ou frase "encaixável" naquele contexto. Por vezes é tão óbvio e denunciado o que deve ser cantado que nem dá prazer ouvir a canção...

O Meu Poder (IV) P

Quando estava em New York o meu amigo polaco Zbigniew Padniewski disse-me algo que me intrigou e ainda recordo claramente, apesar dos meus consumos da altura. Eu falava-lhe sobre querer escrever a história da minha vida, quando ele, sorrindo disse "no, no, no!", acompanhando a negação com o balançar dos dedos negativamente; bebeu um gole e lapidou "You zenit, you no writer, you, you watch, and you totally see". Entendíamo-nos perfeitamente com os nossos modestos ingleses e eu compreendi a sua triste frase...ele queria dizer, e o seu olhar confirmou-mo, que eu entendia todas as coisas a um nível superior e que era impossível colocar isso em palavras, ou seja, para ele, eu era como uma árvore que presencia silenciosamente tudo o que passa à sua volta sem sair do lugar em que está, sem aparentemente ser influenciada por nada. Como eu acredito no espírito das árvores sei que é preciso uma chama muito intensa para derreter um coração de gelo.

Profecias Atmosféricas (VI)

Vem e volta a dispersa corrente Dispensa a revolta que o nervo sente Quando critica o vestido da serpente Serva do chulo que de novo mente

Medo (I)

Tenho medo de me sentar em sanitas, porém, a minha fobia tem uma raiz diferente da habitual repulsa que as pessoas sentem por sanitas públicas. Eu tenho medo de me sentar em todas as sanitas, sem excepção, sobretudo porque acho que a qualquer momento vai surgir uma cobra da canalização e atacar o meu rabo. Nem sempre tive este pavor. Nova iorque, 1997 (depois de ter visto uma cobra arrastar-se para os esgotos na Fifth Avenue vinda de algum buraco do Central Park. Numa casa de uma amiga, na Madison Avenue fui à casa de banho) Serpentes de canalização arrastam-se na viscosidade, resistem às descargas, sibilam ameaças estalando com a língua um som por ninguém ouvido e sentem com um furor pelas escamas a nossa presença enquanto sobem e descem tubos sincronizadas com a nossa morte. Eu nunca tive problemas maiores com sanitas, mas,  certa altura no decorrer da minha vida, confrontei-me com uma enorme dificuldade em "dar o meu rabo à sanita". Cresci em lugares onde as sanit

ZENIT HIL DA JAINKOA

O ZENIT HIL DA JAINKOA é um Zenit Saphyr, mas se virarmos um pouco à esquerda e procurarmos a loucura total. Ele é como se fosse eu, mas se fosse maluco...um lunático, vítima constante de perseguições pelos estados mais perigosos do mundo. E está sempre a ser vigiado por uma visão dentro de si, que está a ser projectada nos confins da Noruega e toda a sua intimidade é pública nos seus sonhos em que os principais delírios são projectados. Ele está aí e não é perigioso. HIL DA JAINKOA - Significa "DEUS ESTÁ MORTO" em basco. Eu dei-lhe o ceptro das conspirações, ele encarrega-se de o elevar com a sua colérica mensagem. Um amigo dele, o Steve, era um músico consagrado até certo ponto. ele cantava bem, mas estava quase sempre constipado. Quando lançou o seu primeiro álbum june blue , que ele julgava ser ter no título um bom trocadilho entre  jeune e june,  demorou muito tempo a aclarar a voz e tossia constantemente. Os técnicos de som que colaboravam, partiram incrédulos com a i

Gosto (XXVI)

Gosto de ouvir o som de objectos de vidro ou porcelana (duros e com arestas afiadas) a baterem no tubo enquanto estão a ser sugados pelo aspirador. É um som glorioso, ainda que seja um pouco agressivo e assustador. Tal como para ouvir o fezaiar, o meu som preferido, costumo passar noites a cuspir para o fogo da lareira, também costumo partir copos de vidro só para os aspirar e ouvir esse celestial som.

OS DOUTORES

PELE DO ESCALPE REMOVIDA, O OSSO SUBIU ENTERRANDO-SE NA CARNE MAIS DE CIMA. A QUESTÃO DO TRÁFICO DE ORGÃOS POR PARTE DE ORGANIZAÇÕES CLANDESTINAS PROVENINETES DO LESTE DA EUROPA TEM SIDO ABORDADA DE UMA FORMA QUE NADA ME AGRADA, POIS SE É VERDADE QUE SEMANALMENTE CERCA DE 5 PESSOAS SÃO RAPTADAS PARA ESTE FIM, ACABANDO MORTAS NUMA BANHEIRA CHEIA DE ÁGUA A FERVER PARA QUE A SUA MORTE SEJA DOLOROSA (ELES NÃO COMPRAM PALETES DE GELO PARA AS PESSOAS TEREM UMA MORTE MAIS AGRADÁVEL), DEVEMOS TAMBÉM FALAR DOS GRANDES DOUTORES , OS MÉDICOS DE PORTUGAL, QUE, SEMANALMENTE, SEGUNDO OS MEUS AMADORES CÁLCULOS, EXERCEM CIRURGIAS DE REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ORGÃOS EM CERCA DE DUAS DEZENAS DE PESSOAS, INOCENTES CIVIS QUE JULGAM DIRIGIR-SE A OPERAÇÕES NORMAIS PARA AS QUAIS SÃO, NA VERDADE, EMPURRADAS PELOS MÉDICOS. MUITAS PESSOAS, DEPOIS DE SE SUBMETEREM A UMA CIRURGIA, JULGAM PODER LEVAR UMA VIDA NORMAL COM TODOS OS SEUS ORGÃOS, QUANDO, NA VERDADE, DURANTE A CIRURGIA CERTOS ORGÃOS SÃO REMOVIDOS NÃ