Os Diários Lunáticos de Zenit Saphyr (19 de Janeiro de 2016)

Agora percebo que tudo o que eu escrevo só pode ser lido com o sotaque com que eu falo, qualquer outra voz, qualquer outro timbre, falseará a mensagem, pois não escreveu no cérebro aquilo que tenta comunicar...É impossível interpretar-me, sou Intransponível e raramente falo. Na verdade limito-me a escrever e a gritar as minhas frases estranhas com vozes diferenciadas nos vastos pavilhões da minha imaginação onde ressoam sons de tempestade e maresia, como o novo sistema Dolby Atmos para cinema, todos os sons me chegam como sugestões e é nesse fundo feérico que se desenvolve a minha canção solitária, um murmúrio semi-consciente de uma mente que dizem perturbada e que por isso não pode ser interpretada, a malvada...

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