Os Diários Lunáticos de Zenit Saphyr (23 de Fevereiro de 2016)

As ruas desconhecidas cheias de desconhecidos. Todos os bares abertos. Bares desconhecidos. Todos os olhares desconhecidos, vêm de olhos nunca vistos que vêem os meus olhos brilhantes que, por sua vez, soltam reflexos surpreendentes e fazem cair prostrados os transeuntes do mundo perante um tão bondoso olhar. Os raios do meu olhar espalhariam harmonia na Faixa de Gaza, silenciariam as armas incessantes de uma guerra sem fim. Entre beligerantes eu ergueria os meus braços e ambas as facções acenariam com bandeiras brancas e pombas de todas as cores surgiriam vindas de todos os lugares com um ramo de oliveira no seu bico. Os guerrilheiros curvar-se-iam, esquecendo os seus antigos deuses ultrapassados e uma luz intensa erguer-se-ia de mim e ofuscaria os seus olhos. Eu serei o Deus eterno dos povos quando estabelecer a paz nos mundos.

Zmrtvýchvstání - palavra checa para renascido
zmŕtvychvstanie - palavra eslovaca para renascido

Não inventei nada de novo. O Nadir Veld renasceu numa lágrima de uma tatuagem de uma perna eslava. A sua morte, sempre adiada, encontrará uma nova possibilidade e é aí que se desenlaça. Sob o meu controlo estará eternamente no limbo da vida e da morte, no fino caminho de uma depressão maligna.

Todas as frases estão mortas enquanto nascem. A ideia é um instante (ainda ninguém conseguiu definir o instante (quantos milésimos de segundo compõem um instante lampejante?))

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