Um dos maiores orgulhos, longa crítica

 Transcrevo para aqui uma longuíssima crítica que me foi dirigida por uma das pessoas mais assustadoras do Facebook, uma Pessoa que julga ser detentora da verdade e está sempre a dar lições de moral com dedo em riste. Desta vez escrevi um textinho inofensivo para chatear pessoas como ela e...foi um sucesso tremendo, que imenso orgulho:

Coitadinho do carente.

Fui bloqueada pelo facebook por 24 horas e não pelo motivo que eu esperava. A história é longa e queria contá-la de forma simples, sabendo que não vou conseguir. Não pretendo queixar-me do bloqueio, porque sei as regras do jogo. Nada desta publicação pretende ser uma queixa ou uma birra. Mas durante o processo de estar bloqueada, raciocinei sobre isto de ter a palavra e é disso que este texto trata.

Na véspera da véspera de Natal, li uma publicação de alguém que tenho na lista de amigos, em que muitos dos que me lêem também terão visto. Não pretendo indicar quem é a pessoa, porque nem é meu propósito, nem eu quero dar esse relevo à mesma. E até ao bloqueio, eu não queria escrever sobre ela. Até agora, apenas por duas vezes os meus textos focaram negativamente pessoas concretas que não nomeei. Hoje é a terceira vez. A publicação era a 10ª de um conjunto de textos concebidos para falar sobre, ironicamente, pessoas que bloquearam o tal perfil. Nada de errado quanto a isto. Cada pessoa é responsável pelo que coloca na sua página, incluindo eu. Não costumo ser vocal quando se publica coisas que eu não concordo, como negacionismo, difamação, posições politicas perigosas ou criticas de cinema que não concordo. A não ser que seja alguém com relevo e influência social crítica, como um governante ou uma autoridade. Não concordo, mas respeito o que a pessoa exprime. Só que a dita publicação tem um especifico estilo de escrita, que encaixa se for feito por alguém com talento e acima de tudo souber usar esse estilo com ética e coerência. Não é crime ser arrogante. Não é censurável que essa arrogância leve a pessoa a usar insultos e rebaixamentos para ensaiar escrita em redes sociais. E embora me faça confusão, respeito que exista humor que se baseie em arrogância com recurso a vários tipos de insultos. Não é do meu agrado, mas respeito. O autor da publicação assume usar este humor com frequência, ou como eu entendo, refugia-se em dizer que é humor para poder libertar as coisas que lhe irritam, o tipo de pessoas que o enerva ou vingar-se de pessoas nomeadas que o bloqueiam. O humor que ele diz que faz, não é humor, é uma máscara. Assim como o homem labrego que propõe algo sexual a uma mulher que mal conhece e se ela levar a mal, ele mascara-se dizendo “estava a brincar”. Ele própria chama de “arrastar o nome dessa pessoa na lama”. A tal 10ª publicação (das 30 que ele manifesta previstas) chamou-me a atenção porque focava-se numa pessoa que estimo e guardo um carinho especial. Falava sobre quando essa amiga o bloqueou, descrevendo com rigor episódios antigos, usando insultos e rebaixamentos e diminuições. Mascarando-se de um pretenso humor. A Maria João não conseguiu evitar reagir.

Aceito que se diga coisas que eu não concordo. Leio diariamente publicações de negacionistas, de militantes do Chega, de pessoas de vários partidos politicos (o Chega não é bem um partido), de fanáticos extremistas de futebol, de pessoas que dizem fazer humor de forma horrivel. Podia bloquear ou retirá-las do meu mural. Sim, podia. Gosto de tomar o pulso. É defeito, mas gosto. Não reajo ou respondo à maioria do que não gosto. Mas se vir alguém a insultar uma pessoa que estime, dificilmente não reagirei. Porque sei as regras do facebook e porque aprendi a lidar em demonstrar a minha posição procurando ser educada, com argumentos bons ou maus mas válidos, e se possivel convincente para atingir meios termos, ponderei o que escrever e se devia fazê-lo. Reagir àquela publicação. E a minha decisão de o fazer teve que ver com o facto de muita gente em comum já ter assistido ao que esta pessoa escreve, temos muitas pessoas em comum no grupo de amigos. Algumas aplaudem. E têm esse direito. E é nisso que o meu comentário de reacção, longo e respeitador, procura focar. A pessoa tem direito a não gostar da minha amiga, tem direito a apontar-lhe defeitos e terá até direito a insultar. Convém é saber lidar também com criticas. O problema deste homem é que não aceita ser criticado, não só por mim. Refugia-se que está a fazer humor e que as pessoas são demasiado sensiveis e que muita gente gosta do que ele faz. E é verdade. Algumas pessoas até o incentivam a mais. E ele adora ser incentivado a fazer sangue a partir de insulto, tem até um texto sobre isso. Ele próprio diz que sente que mexe com o politicamente correcto das pessoas. O bónus da minha critica acabou por confirmar o que no fundo eu já sabia. Mais do que criticar a minha amiga, ele queria atacar feministas, até porque é sempre interessante ver homens como este a decidirem qual o melhor feminismo. A ironia é que esta pessoa não aceita ser criticada, com ou sem humor. Uma critica a ele será sempre idiota e é um insulto. Investiguei e confirma-se.

Resumidamente, o meu comentário argumenta que se respeita não se gostar de alguém, assim como quem bloqueia por achar que alguém está a ser tóxico. Indiquei que fica estranho e de um nivel absurdo de arrogância inútil e violenta, insultar alguém numa publicação lida por pessoas que também conhecem esta amiga e no fim ainda precisar de insinuar que se sente mais inteligente que ela. Disse-lhe que achei surpreendente agir assim. O homem não gostou. Por muitos e longos comentários criticou a minha critica e foi “chamando” amigos que corroboraram a publicação e criticaram o que eu disse, em forma de gozo. Ele próprio estimulava para que eu proseguisse, identificando-me em outros comentários. Quem me conhece sabe que irei argumentar. E assim argumentei. A conversa alongou-se de tal forma, que a pessoa “descobriu” um texto que publiquei há um ano a elogiar a visada. Esmiuçou o texto, publicitou-o e tentou humilhar-me. Procurou justificar-se de tudo o que fazia, foi-se valorizando repetidamente e queria insistentemente comparar-se comigo e com o que eu escrevo. Chamou-me nazi, fascista, burguesa, burra. A conversa esticou-se e nenhum de nós cedeu. Para me provocar e estranhamente como procura de me fazer sentir mal, ele foi somar quantos comentários os seus dez textos dos bloqueios tinham. A um dado ponto, a minha resposta baseava-se apenas e só no que coloco na imagem, na hipótese C. Repeti dezenas de vezes o mesmo comentário e a expressão “Coitadinho do carente”. 

Costumo usar esta expressão todas as vezes que lido com homens abusivos. Tóxicos. Alguns labregos. Uma vez por cada mensagem/comentário. Usualmente acontece em abordagem por mensagens, o que acaba por manter este processo discreto e sem distracções. O meu objectivo com a repetição exaustiva da expressão – porque entendo que a carência e uma certa frustração é comum à maioria dos que me costumam chatear por mensagem – é gerar uma revolta neles mesmos até perceberem que já não estou a conversar com eles, apenas a reagir. O resultado comum é bloquearem-me. Fazem bem. Acontece que o Coitadinho do Carente tem uma filosofia acérrima de não bloquear ninguém e não apagar comentários. Tem todo o direito a isso. E assim, embora eu soubesse que ele não iria bloquear, quis insistir com a mesma mensagem como resposta a qualquer comentário dele. Se fui tóxica? Fui. Propositadamente. Persisti em página alheia de ser incómoda até ao limite. Estiquei a corda, fui desagradável e procurei não insultar, pelo menos não na mesma medida. Durou cinco dias este processo. Pelo caminho, várias pessoas suas amigas foram gozando comigo e com a minha escrita, até com a minha ética de jornalista (não sou jornalista). Acima de tudo, obtive diversas reacções do Coitadinho do Carente, alguns meltdowns e sim, insultos vários. Se a expressão que eu usei pode levar a um bloqueio do facebook? Eventualmente sim e não me custa aceitar que tem um carácter insultuoso. Se foi por causa de dezenas de mensagens repetidas que fui bloqueada? Não.

Na manhã de ontem, enquanto tomava o pequeno-almoço, vi um texto escrito por um homem que embora eu concordasse com algumas premissas do texto, tinha um detalhe que achei curioso. Num determinado contexto, dizia que a maioria das mulheres gosta mais de estar com um “band*do” do que com um atencioso. Não era minha intenção criticar ou dizer mal da pessoa ou armar confusão. Quis apenas brincar com o raciocinio e escrevi “Podemos concluir então que a maioria dos homens são b*******”. Só isto. Não pensei que estava a insultar homens no seu geral, ou alguém em particular. Deveria ter pensado melhor, sim. Mas era cedo, ainda não tinha despertado por inteiro e na minha concepção, precipitei-me. Dez segundos depois surgiu o bloqueio. Recorri e em cinco minutos foi recusado. O meu bloqueio de 24 horas foi por causa disto.

Eu sei as regras do facebook e teoricamente não discordo delas. O facebook não é meu nem é uma empresa pública. É uma empresa privada que dá acesso a um serviço que nos vicia e que nos faz achar que muita da nossa vida e comunicação aqui reside com as nossas regras e convicções. As regras são deles. Goste-se ou não. Se não gostarmos, temos boa solução. Nunca fui pessoa de insultar outros. Digo asneiras e sou capaz de usar sarcasmo para brincar com amigos e familia. Mas não é da minha natureza usar insultos. Sabendo como as regras funcionam no facebook, sou cautelosa qb para evitar ser bloqueada. Mais ainda sabendo que os algoritmos estão longe de serem perfeitos para identificar correctamente onde estão os insultos. Ainda para mais sabendo como funciona o processo de revisão. É demasiado rápido e com regras que nós achamos serem iguais às de um tribunal. Não são. Não têm que ser. A casa é deles. Esforço-me mesmo por escrever tentando criticar alguém sem usar insultos. Aprendo com quem é bloqueado e o mostra. Assim, encaixo que a conjugação das minhas palavras foi precipitada e pouco ponderada para não ser bloqueada. Quem anda à chuva, molha-se. Ontem, fui eu a molhar-me. Direi que aceito, mesmo não concordando.

A razão de eu falar sobre o Coitadinho do Carente acerca do meu bloqueio prende-se com uma conjugação de factores. Se inicialmente eu não queria escrever nada sobre o episódio com ele, por mais apelativo que fosse, o bloqueio fez-me balançar as coisas. Afinal, eu não fui bloqueada por repetir dezenas de vezes uma espécie de insulto directo a alguém. Afinal, o Coitadinho do Carente também não foi bloqueado por dizer vários insultos, incluindo um que especificava o alvo e o termo que deveria ser o mais agressivo de todos os insultos. Não, fui bloqueada porque quis construir um raciocinio de que se a maioria das mulheres busca um band/do, então talvez a maioria dos homens seja o tal bandi/do. Não que concorde, mas é um raciocinio. A rede detecta mais facilmente uma mulher a colocar uma suposta critica a homens como ódio, do que uma mulher a receber um dos piores insultos e epitetos negativos na História da Humanidade. Fica certo que o facebook falha e tem ainda caminho longo por percorrer até nos deixar confiantes de que existe justiça na utilização do seu espaço. De novo, é escolha minha de aqui estar e não pretendo queixar-me.

O que pretendo mesmo é salientar como as limitações que nos são colocadas podem definir a forma como nos comportamos de futuro. Se eu agi correctamente a todo o instante com o Coitadinho do Carente? Claramente que não e mesmo no decorrer do processo eu sabia-o. Mas no seu geral, eu sei que estava a colocar sob pressão e expor uma pessoa que se mascara de humor (assim como outros seres sociais se mascaram de máscaras validadas) para poder insultar pessoas gratuitamente. Se cheguei a algum lugar com isso? Penso sempre que não estaria melhor se deixasse o Coitadinho ou qualquer coitadinho insultar alguém que estimo. Se antes não me tinha incomodado o que ele escrevia? Confesso que pouco e como também sou um ser social com todas as suas virtudes e defeitos, agi quando vi uma pessoa amiga ser insultada pelas costas. Aliás, a premissa das próprias publicações dele é insultar alguém que o bloqueou e que por sua vez não vê e não pode responder. O Coitadinho do Carente estará certamente a ler isto, assim como pessoas que assistiram à minha interpretação tóxica. Não pretendo dar lição a ninguém. Numa escola, num trabalho, à mesa com a familia, ou até mesmo num café, não nos permitimos e não nos permitem de falarmos como muitas vezes falamos nas redes sociais. E eu própria por vezes digo coisas aqui que não diria noutro sitio. Por outro lado, deveriamos agir e falar mais. Educadamente, mas mais. Estranho que seja castigada por dizer algo que poderia ter gerado um debate agradável, em vez de ter sido por repetir toxicamente Coitadinho do Carente dezenas de vezes. Estranho que não haja castigo por me chamarem algo que além de revelar um desespero grande em quem o disse, traz um ódio inútil e tóxico às redes. Mas no fundo, estas 24 horas não foram um castigo, apenas um estimulante para exercitar ainda mais a minha forma de falar aqui, como falo aos coitadinhos carentes que lido no dia a dia, fora daqui. Sem castigos. E sim, o Coitadinho do Carente ficou com o último comentário.

Esta noite, a emissão da Maria João segue regularmente.

(acima o texto completo do post, a partir de agora, alguns comentários deliciosos, que alegria)

eu não duvido que muitos deles me tivessem denunciado. Eu própria, quanto ao comentário B pensei fazer isso. E confesso que enquanto seguia naquilo não medi que poderia ter consequencias desnecessárias para mim. Não medi mesmo. Mas no caso em questão, o meu bloqueio foi justificado pelo facebook. Mandaram-me mesmo o relatório. E foi imediatamente a seguir a ter posto o tal comentário A. O algoritmo faz isso. Já uma vez me tinha avisado, mal comentei, se eu queria mesmo comentar assim, já que ia contra os regulamentos. E eu tirei o comentário. São coisas minimas e dai que eu procure medir.

E concordando contigo "dar pelos pides à posteriori", achei por bem retirar os comentários que lá fiz. Não por vergonha, não porque não os quero mostrar, mas porque pode de facto implicar um novo castigo desnecessário.

Confesso que preferia ter sido bloqueada pela expressão que usei e sentir que valeu a pena, do que pelo que fui bloqueada. Soa estúpido. Mas em todo o caso, as 24 horas deram-me possibilidade de me focar neste texto, que nem iria acontecer, não fosse o bloqueio. E reconhecer que não vale a pena tanta chatice.

No fundo, tiro mais coisas boas do episódio, que más e embora eu de facto escreva demasiado, gosto de reflectir.


desculpa que só agora li melhor o que tinhas dito, por causa dos cortes que agora entendi 🙂 não fica de parte ter sido ele a denunciar, mas se assim o foi, foi mesmo muito muito rápido. Porque era mesmo muito cedo, o post já tinha umas horas. Eu pus o comentário, larguei o telefone, fui fazer café, quando voltei tinha o relatório. Não pondo de parte que pudesse ser ele, mas teria que ser tudo muito rápido. E a pessoa em questão teria que ser mesmo muito picuinhas e não parece. Até porque a frase não era com intuito de insultar. Em todo o caso, não se exclui isso. Sabes quem é a pessoa? Fiquei a pensar nisso 🙂

E sim, percebo que depois não houvesse perdão. Mas quanto a isso, sei que as condições de quem analisa são quase nulas. Nem sequer vão a contexto. Numa sociedade onde queremos tudo rápido e instantâneo, isto é um dos danos colaterais.


curta não fiquei, que eu confesso e admiti na conversa que não sei fazer melhor do que coisas longas. É o que é. Isto já vai mesmo longo.

Há de facto uma estranha convicção intelectual (e no meu entender defensiva) de que estão acima de criticas e pior, que são juizes do que está certo ou errado, na bitola deles. Quando fiz o primeiro comentário, tinha ideia que ia ficar feio. Não tanto. Mas tinha.

Seja como for, sim, não consegui ler aquilo e seguir em frente. Levei algum tempo a decidir e ponderar o que comentei. Não me iria sentir bem. A Helena ou qualquer pessoa visada ali não fica manchada em nada, mas ainda assim, é horrivel.

Fui analisar os comentários e a pessoa de facto, é incapaz de aceitar uma critica. Mesmo que minima.

Obrigada e abraço. Não podemos eliminar a toxicidade na rede, mas podemos não ficar inertes.

Antes de mais e porque é isso que interessa, espero que o seu ano tenha começado sereno e agradável. 🙂

A partir daqui, sinta-se à vontade para não ler. Esteja completamente à vontade para responder ou não responder a mim ou a qualquer outra pessoa aqui. Para me criticar ou criticar seja o que for (dentro dos termos do bom senso e respeito por quem me lê). Ainda assim, e como já terá identificado, arrisca-se a que aconteça isto que vê acima. Afinal, é um facto que eu critiquei a pessoa pelo que escreveu, mas nunca, jamais, está escrito que ele não o pode fazer. A prova é que irá continuar a fazê-lo e está tudo certo. No entanto, está escrito por ele e efectivamente apagado por mim ( mas disponivel para visualização se me pedir) e repetido em cima, que ele pretende definir o que eu escrevo ou o que alguém escreve sobre ele ou até o que a Helena (e outros) escreve. No entanto, eu andei a chateá-lo na página dele durante 5 dias (isso também é inteiramente verdade, sendo que repeti o comentário C quase tantas vezes como ele me foi respondendo, até comentava em quantos comentários iamos) e como ele muito bem referiu recentemente, foi uma vitória dele. Porque foi. Ele chorou tanto que ficou com o último comentário. Já há muito tempo que ele não tinha tanta atenção, e para pessoas que não sabem lidar com a sua carência, isso provoca meltdowns. Porque vejamos, já estamos em 2022 e ele ainda precisa de responder na minha página com múltiplos comentários. Já toda a gente seguiu em frente, menos ele. Parece as noticias a querer lucrar com a pandemia. No entanto, ele não se cansa de dizer que eu o insultei. Bem, certamente que chamá-lo coitadinho é um insulto, assumo. Fraquito, sem muito talento, mas é um insulto. E eu fiz questão de o admitir e expor esse meu insulto. Sem problema algum. Mas é fofo e engraçado que ele não consegue citar mais nenhum insulto meu. Nem sequer com uma interpretação marada à sua maneira. Mas anda desde o dia 23 a vitimizar-se de insultado. Inesgotavelmente. A pessoa que ainda não conseguiu evidenciar uma critica que tivesse aceite e que tem uma facilidade tremenda em tratar pessoas e coisas de "n/zi", "mong/loide", "f/scista". Este tipo de pessoa anda há dez dias a choramingar que foi insultado, depois de dizer barbaridades destas, que como aqui alguém referiu, por si só deveriam valer bloqueio da rede por muito tempo. Mesmo que metade desses dez dias eu já raramente reaja à sua vitimização. Até vem à minha página publicitar os seus textos e como vê continua a publicitar os meus.

Outra das criticas fofas que ele faz e que eu devia emoldurar, é ele indicar que eu e a Helena e outras burguesas como nós (quem me conhece e quem lê o que escrevo, sabe que a última coisa que me define é ser burguesa, nem que eu tentasse), nos achamos superiores aos outros. Esta critica poderia ser coerente se não viesse de um homem que não consegue dizer uma palavra amigável de qualquer outra pessoa. Que no próprio texto em causa (e noutros) se afirma mais inteligente que as pessoas visadas. Até pode ser, não é isso que está em causa. Mas há lá maior sinal de mania da superioridade (e de outros complexos) do que precisar com frequência de se afirmar mais inteligente do que seja quem for?

E Isabel, sabe qual é a melhor critica concreta que ele consegue fazer? Que me alongo nos textos e que escrevo mal. Ele acha que é a primeira vez que fui criticada/apontada por fazer isso, e também acha que é a primeira vez que eu aceito que me alongo. Alongo. A prova está neste comentário. Irei continuar a alongar em muito do que faço. E aceito que não se goste e que se critique. Se todos os males do mundo fossem esse.

Isto tudo para lhe dizer que esteja à vontade na minha página de prosseguir ou de se me achar tóxica de me bloquear. Eu prometo que não vou fazer choradinho sobre si. Não ando preocupada com quem me bloqueia, sendo isso opção de quem anda preocupado com isso. Cada pessoa tem as suas preocupações obsessivas. Mas eu não irei explorar isso, se me achar tóxica, fique descansada. É uma ferramenta e está lá mesmo para casos em que é necessário. Felizmente.

Tenha um bom Ano. Tenho gostado muitos dos seus posts. Abraço forte.


eu ignoro e agradeço-lhe o conselho. De tudo o que poderia ter feito melhor neste episódio, a maior era ter respirado fundo mais vezes e abstrair-me que há pessoas que ainda usam termos como "mo/goloide" e "f/scista" e que irão defender a sua própria carência reflectida nos outros. Ele não será o último e não sou eu que o irei mudar. Nunca quis. Ignoro sim 🙂 E a sua experiência já me demonstrou isso.

Obrigada eu.


já fui pior, sim. E procuro saber ignorar, especialmente com pessoas declaradamente tóxicas.

Mas concordo consigo. É um bom exercicio ignorar.


Ele tem um texto recente onde depois de publicar alguns textos sobre pessoas que o publicaram (ele entende que bloquear alguém é sinal de fraqueza e falta de argumentação), assume mesmo que procura o carácter violento e tóxico das pessoas, que adoram ver alguém a dizer mal de outras. Tal como eu referi no comentário B, ele tem excitação a vários niveis disto. Digo isto para te mencionar que é isto que a rede procura. Não só esta, todas. Alimentam-se da adrenalina e frenesim e um certo carácter sexual que o ódio gera. Uma das minhas pretensões em prosseguir com a conversa, foi que ele deixasse extravasar isso, coisa que não acontece se ninguém o criticar. Já vi eu e vimos nós isso a acontecer noutros contextos. Seria bom mudar as redes e torná-las mais serenas e mais justas. Como lhe disse a ele e a uma mulher que também me criticou e ao meu texto a elogiar a Helena, goste-se ou não, entenda-se como bajular ou não, creio que é preferivel escrever e postar sobre o que gostamos do que com frequência do que odiamos. Essencialmente nomear pessoas que se odeiam. As redes sabem o que dá dinheiro. E dai que embora naturalmente deveria haver melhor regulação, o negócio deles é este e hoje em dia sabemos disto.

E sim, sei o que estás a mencionar. Houve várias assim. O que ele nunca gostou foi que eu pressionasse e então à falta de não me conseguir demover, enervou-se e saiam-lhe pérolas assim. O sistema por si só deveria, como dizes, remover eventualmente com carácter definitivo. Mas de facto não faz e somos nós, pessoas que se esforçam por não dizer coisas que soam ofensivas, que nos limitamos e passamos uns diazinhos fora da rede 🙂

Seja como for, a mim alegra-me de ter conseguido desestabilizar a pessoa, mesmo que não assuma, mesmo que negue, mesmo que esteja visivel em muitos comentários (e não só comigo). Também me alegra que houve pessoas a irem ler o texto que falo da pessoa amiga exposto por ele e uma mão cheia que acabaram por ficar. Nem tudo tem que ser negativo.

(em resposta a um comentário a um indivíduo que diz gostar dela):

não disseste e sabe bem ouvir. Nem eu por vezes reconheço que sabe bem ouvir e é importante, sabendo bem dizer. Mas também que saibas que sou suficientemente perspicaz em perceber nas palavras das pessoas que isso fica inerente. Nem podemos ter vergonha de aceitar assumir essas coisas. Mas sabe bem ouvir. Obrigada. Como vês, eu não sou pessoa de o dizer abertamente, por vários factores. Mas assim de repente, e de forma aproveitadora, sabes que fica inerente nas minhas palavras que também gosto muito de ti e que tenho aprendido muito sobre coisas que outrora achava saber o suficiente.

a rede veio dar-nos mais conhecimento e percepção de pessoas assim. Elas sempre existiram, verdade, mas isto projecciona pessoas boas, assim como expõe as más. Não foi a rede que as tornou assim, apenas as publicitou.

(comentário de IR, pessoa que não conheço nem me conhece)

Mais que o texto, os comentários demonstram bem porque "Coitadinho do carente" assenta que nem uma luva.

Tanta insegurança...

Um ego insuflado para esconder tanta fragilidade.

O rebaixamento do outro - como se pode constatar nas várias publicações - o apontar do dedo para desviar atenções da sua própria mediocridade.

Ou, calhando, é aquele pecado mortal... o...hummm...inveja.

há muita inveja sim. Não é o principal motivo, mas há muita inveja. Que acaba por ficar escondida no meio de tanta camada. Não pretendendo criar um perfil psicológico, mas fica evidente um hábito de preferir dizer mal de pessoas especificas, do que elogiar outras. E isso vem de coisas inculcadas de há muitos anos, amarguras várias. Daquilo que fui vendo nos textos, não tenho ideia de ele alguma vez ter elogiado alguém.

Há muita coisa na conversa que tive com ele que veio à superficie e uma delas é a forma como ele sentiu ter alguma espécie de poder ao ter um perfil escondido (que não contesto essa opção) e usá-lo para denegrir, vingar-se, falar mal. Ele sabe que por ai está protegido porque ninguém vai ousar "arrastar-se na lama" com um perfil anónimo. Ele não tem nada a perder e as pessoas visadas têm.

Em muitos momentos da nossa conversa notou-se a tal carência. Detalhes que noutro contexto seriam irrelevantes, ali ficaram expostos. O estar sozinho, o vender que tem o apoio de muita gente, o contar comentários, o sentir-se diminuido quando eu lhe dizia que as pessoas visadas tinham mais visibilidade que ele, mesmo aquilo que o irrita nas pessoas visadas, como por exemplo os vestidos que a pessoa usa. Num instante, a propósito do meu comentário, ele demonstrou-se ofendido por eu gozar com a sexualidade dele. Ficou fácil de atingir os tais pontos vulneráveis.

Esse apontar do dedo foi uma das razões que me fez prosseguir. Ele quis demonstrar repetidas vezes, com exemplos e tudo, que eu escrevia mal. Esqueceu-se que eu não pretendo provar que escrevo bem, estou a divertir-me e nunca assumi que escrevo muito bem. Isso incomodou. A ele e a quem entrou na conversa. E juntando a isso, a constante necessidade de se justificar e de tentar rebaixar ou ver se eu me vinha abaixo com alguma coisa. Mesmo quando eu já só estava a repetir o mesmo comentário.

Eu sei que este tipo de discussões e atenção não levam a muito lado. Sei. Mas em todo o caso, não consegui deixar de ignorar que muita gente que segue algumas pessoas visadas, vai vendo (tal como eu) e naturalmente prefere não meter-se. Entendo isso perfeitamente. Achei que a minha forma de lidar com este tipo de coisas não sendo comum (embora reconhecendo que não é a melhor), pode pelo menos demonstrar ao intimo da pessoa que ela não é aquilo que ela própria quis criar de si e que prejudica o mundo. E se for possivel, estalar os dedos a algumas pessoas que ali passam. O estalo de dedos que me fez agir foi a pessoa visada. Se ele vai mudar? Não. Claro que não.

Obrigada Isabel.

houve um conjunto enorme de possibilidades do lado dele. Como o João referiu, de facto fica perigoso reproduzirmos insultos de outros, porque o sistema está muito sensivel e irregular.

E pus esse pedaço porque foi um dos momentos em que ele entrou em meltdown. Senti mesmo que ele estava a choramingar.


Comentário de LVS:

Ganda Asshole, ele !!! Acho que esteve bem Maria João.


confirma-se que será mais carente do que eu própria possa conceber.

Mesmo estando bem, há um lado triste nisto tudo.

Obrigada.


Duas coisas:

1. a resposta é não. Não vale a pena dar resposta. Podia ter respirado fundo e ignorar a publicação e não me dar ao trabalho de criticar. Sim. Podia. Mais do que polémica em facebook (gosto de algumas), acho que todos podemos aceitar criticas, mesmo que não se concorde. Não será o primeiro texto descompensado que a Helena e outras pessoas que admiro recebem e veem assim expostos e não respondo a todos. Em situação normal, e tal como lhe disse a ele, teria sido fácil ler um "Não concordo, Maria João, mas respeito que pense assim, mesmo que o seu comentário não me agrade". Não foi isso que aconteceu, até porque a pessoa sente que tem coisas a ajustar comigo e creio que foi mais por isso que a coisa explodiu. A minha personalidade leva-me a achar que tendo eu lido o texto porque aparece no meu mural e ignorar tal texto sem pelo menos criticar, não me torna melhor amiga. No meu entender, não torna. Não quero com isto dizer que julgo quem não faça como eu. Mas confesso que se alguém usasse a minha imagem e nome para despoletar uma parede de procura de humilhação - por mais bacoca e ilógica que seja - eu ficaria bem se soubesse que uma pessoa amiga disse algo. Um pouco como na senda de reagir quando uma amiga é insultada ou agredida em público. O nosso silêncio não ajuda. Tenho uma teoria similar aos labregos que me aparecem na caixa de mensagens. Vale a pena dar resposta? Se num desses fizer diferença? Vale. Num contexto geral? Não, é uma pessoa pequenina demais para valer a pena este processo todo. Mas como se vê, não estou arrependida e sairam coisas tão bonitas disto tudo.


olha que depois ainda sou outra vez acusada de promover insultos de indole sexual (assim fui). Nos comentários na página, houve quem sugerisse apedrejamento público. E não era virtual.


só uma pequena indicação, mas sinta-se livre para responder como entender à pessoa em questão, ou não responder. Na verdade, eu disse mesmo o que ele refere. Que prosseguir a comentar na publicação dele, estava a gerar tamanha atenção (até porque ele divulgou e colocou um texto meu por duas vezes), estava a gerar atenção na minha página. E é verdade. Durante estes dias, surgiram pessoas a ler o tal texto e a seguir-me. Logo, percebi que da forma como funcionam os algoritmos, continuar a comentar, iria gerar atenção no que ele próprio partilhou e publicitou meu.

O mesmo sucede ao contrário e dai que ele está aqui e já pôs o link da publicação dele. Que eu agradeço. Provavelmente já algumas pessoas foram ler e algumas podem ter gostado. É o que é.

Mas wtf, não é? 


Uma adenda ao texto e dado que a pessoa indicada no mesmo decidiu dar um ar da sua graça e quase se tirar do anonimato, o que gentilmente eu agradeço. Embora eu refira a razão nos comentários, de facto apaguei alguns comentários, por autêntica cagufa de que fossem denunciados em massa pelos imensos seguidores do autor. Mas guardei tudo. Todos. Deixo o comentário principal, que gerou toda esta confusão. Se alguém tiver interesse em saber mais algum diga-me, mas duvido. Aquilo é mesmo tóxico e aborrecido e longo.


Diz-me se continuo ou se ainda vives na ilusão. Se o facebook me permitisse, teria ocultado apenas. Não me dá essa possibilidade, apago. Está organizadinho 🙂 Também guardei este teu comentário. Como se eu escrevesse comentários tão longos para depois os apagar definitivamente. Tão bom!


ninguém liga. Já sabemos isso. Não estás mais no teu espaço. Se achas que fui tóxica no teu espaço, aqui sigo as minhas regras, sem ter que me sentir abusiva. E as minhas regras são não prosseguir muito mais isto, apenas deixar-te evidenciar aquilo que o meu texto não é suficiente. Prossegue. A gestão deste espaço dá-se ao direito de apagar o que bem entende e bloquear se assim for necessário (ou mesmo que não seja). E de colocar 61 printscreens se assim bem o entender. (bem sei que querias rever muito do que foi dito 🙂 )


vou fazer o quê? A pessoa em questão continua a vitimizar-se e tal como eu esperava, a não largar o assunto. Ele adora viver disto. É opção dele. Quando se vive da própria carência dá nisto. Sozinho, ele irá alimentar-se disto. Quanto tempo? Algum. É deixá-lo. Já vão quase 12 dias que não soube aceitar uma critica.

Beijos, Isabel 🙂


queria só perguntar-lhe se está muito vento por ai.

De resto, deixe o choradinho continuar. 🙂Ele só relê todos os dias o que não tem paciência para ler.

Vou dar um passeio a pé. Parece que hoje não há lama 🙂

Vinha cá só deixar isto.


"canção do ba/*ido", Guilherme?

Eu pensava que os negacionistas viviam de alimentar o que já ninguém fala, mas até eles começam a parecer mais sensatos que essa vitimização em grupo, qual alcoólicos anónimos. Bom pequeno almoço!


já não estou a explicar nada. Alongo-me e sou repetitiva, mas não tanto. As ironias da vida e os algoritmos levaram a que o Guilherme olhasse para a minha página, entretanto já comenta a oferecer chá. Seria estranho, mas qualquer dia, até por manifestar simpatia, ainda solicita amizade. Porque sim, aqui bebe-se chá.


no caso do Guilherme (e de outras pessoas que me criticaram) não se trata bem de fazer as pazes. Discordamos em coisas que creio continuemos a discordar, mas como fica evidente, é possivel seguirmos a vida cordialmente e sem muita chatice. Não tenho razões para deixar de o fazer e não procuro que o Guilherme concorde comigo, apenas que saiba (mais ou menos longo) a minha posição. Eu saberei parte da dele. E com mais ironia ou menos ironia, até oferecemos chás e vamos concordando com outras coisas.

Há situações onde por mais nobre que perdoar seja, procurar fazê-lo pode ser contra producente. Não fazer as pazes não significa não estar em paz. Eu estou em paz. Não feri ninguém, não prejudiquei ninguém e acima de tudo não usei o insulto como forma principal de argumentar. Se insultei? Poderei de facto ter feito e até exponho o meu insulto por inteiro, mas não como ferramenta principal. Como a Diana fez questão de verificar e registar (e eu não tinha visto isso), a pessoa em questão "não podia deixar de insultar". E isso ficou bem patente, tal como a minha imagem mostra. A força de insultar e de sentir que o tem que fazer. Se dúvidas houvessem, é mesmo modus operandi.

O motivo da discórdia mantém-se, sendo que com a realização deste texto (onde admiti que poderia ter feito algumas coisas de forma diferente), nem sequer prossegui com a intromissão na página da pessoa. Ela, pelo menos até ao dia de ontem, cá continuava e eu não tenho nada contra isso. Mas é verdade que seria preferivel seguirmos cada um em paz no nosso caminho. É o que faço. Já nem sequer com ele falo.

Beijos!


 está a ver a evidência? Lê tudo na diagonal, mas no fundo lê tudo. Parece aquele que nunca viu reality shows e só deu uma vista de olhos, mas sabe tudo com devoção. Como não adorar isto?

Está a ver a evidência? Não insultou ninguém, mesmo que esteja escrito e lá demonstrado. Mas não insulta. Gostaria de achar que ele não sabe o que significa insulto, mas ele sabe. Negá-lo é que é problemático, especialmente por ser lido por pessoas com bom senso.

Está a ver a evidência? Tem a página dele para escrever e largar frustrações, mas recusa-se a largar o assunto. E ele precisa de o manter vivo, como a Diana bem identificou.

Poderia dizer que me sabe bem de ver alguém tão afectado por uma critica, mas como a Diana sugeriu, era bom seguirmos em paz. Ele não vai seguir. Vai despejar mais comentários. E se for preciso vai contá-los.


Dito por alguém: "A doutora está sempre a tirar conclusões precipitadas."

Dito logo no mesmo comentário "Está aí, só li até aí, parei de ler e escrevi."

Dito também, depois de tratar alguém por "doutora": "E a falar sobranceriamente, como se fosse mais inteligente que toda a gente..."

Também dito: " Parece um gerador de pensamentos aleatórios..."

E ainda mais: "Eu acho até insultuoso". Evidenciando que finge saber o que é um insulto.

Diana, fui buscar croissants frescos e vou fazer chá. Fique por ai que da experiência da conversa, está em vigor mais um meltdown da pessoa em questão.


quanto àquilo que a trouxe por cá e que eu agradeço e agradeço também ao João Coelho, é meu pressuposto prosseguir nesse sentido, seja pelo ânimo dado pelo João e por perceber que de facto sabe bem de ler a algumas pessoas. Pessoalmente é muito forte.

É meu intuito de aprender aquilo que de todo sei muito pouco, escrevendo e pesquisando e vendo a experiência de outros, usando, se possivel, uma sensibilidade falível.

É óbvio que de vez em quando é suposto divertir com coisas como esta, mas de facto, circunscreve-se a este post, longo é verdade, mas focado numa situação em particular.

Queria enviar-lhe uma foto do chá que estou a adorar. Depois diga-me se é do seu agrado


Ana Marques "Já viste o insulto que fizeste?"

"Sim, mas isso tem um contexto."

"Qual é o contexto?"

"È que tu elogiaste uma pessoa que eu não gosto, logo, eu tive que insultá-la".

Nem é bem uma questão de inteligência ou falta dela. Vale o que vale. É mais de bom senso.

Se eu aceitei que o meu "comentário A" entrava dentro dos moldes que a rede entende como insulto (e dai o meu castigo), mesmo retirado fora de contexto, a rede também entende que comparar pessoas a animais ou seres vivos com notória inteligência inferior, é insulto de nivel 1 (o pior). Mas ele acha que é justificável o insulto e que não insultou a pessoa visada.

Provavelmente também não assume que indicar que alguém é "n/z*" não é insulto ou que pode ter um contexto. De tudo o que apaguei (que efectivamente apaguei para evitar que a rede me bloqueasse pelo comentário C repetido vezes e vezes sem conta), fico a achar que ao apagar os comentários que ele se queixa, o protegi a ele. Contei pelo menos doze exemplos de como a rede bloqueia e entende como graves, coisas que ele disse em todos os comentários dele que apaguei.

Nem é uma questão de inteligência, mas a falta de bom senso e de capacidade de assumir o abuso de insulto e de mesmo confrontado com evidências contorna (ele fez-me lembrar aquela personagem dos Monty Python e o Cálice Sagrado que já depois de ter os membros cortados, ainda chamava o outro de cobarde e de não ter hipóteses contra ele) o que está ali claro. Não é falta de inteligência. É humor entregue por alguém sem bom senso.

Ele pode ser mais inteligente que eu e que a Helena e que qualquer pessoa que ele pregue que é mais inteligente. Isso é tão subjectivo que usualmente só adolescentes ou adultos com posturas juvenis com falta de argumento é que dizem "tens a mania que és melhor que os outros" ou "tens a mania que....". Sendo ele que frequentemente precisa de dizer que é mais inteligente que outros, qual complexo profundo. O que lhe falta tremendamente é bom senso. E isso, tem piada. Com ou sem contexto.

"isso é enorme insulto, cara Ana"

Ele pode apontar os outros de falta de inteligência, os outros não. Porque é ele e ele tem a capa do humor para validar os insultos dele. E então ele não insulta. Faz humor.

A pena que tenho é que ele não consiga indicar um insulto que eu tenha dirigido a ele ou a alguém que comigo foi conversando. Nem um. Nem precisaria de print-screen. Apenas um exemplo (além do que eu o tratei, já ao fim de mais de um dia de conversa e que está colocado na imagem e que o assumo). Um só. Em todos estes dias que ele aqui anda, ainda não conseguiu referir "a Maria João tratou-me de *******". Nada.

Até porque depois eu teria um contexto para apresentar, que eliminaria o conceito de insulto.......


Ana Marques vês? Esta pessoa tem sempre um contexto para tudo. Mesmo que não exista ou que não altere o significado. E o contexto serve sempre o propósito dele e por vezes até a sua grandiosidade (basta ver estes últimos comentários).

Ele pode, os outros não. Ele conhece as outras pessoas, os outros não conhecem este tipo de comportamento que ele exibe.

Ele tem a cópia do primeiro dia de troca de comentários. E são muitos. Está disponivel. Além de não estar lá nenhuma diminuição sexual dele, não consegue encontrar um exemplo concreto de que eu o tenha insultado. Baseia-se em dizer que foi insultado sem conseguir sequer dizer o que eu disse que fosse insultuoso. E mesmo que estivesse, eu poderia (usando a técnica dele) dizer que "é uma piada, se não gostas é porque não tens humor". De novo, o homem que já usou todo o tipo de expressões deploráveis e passiveis de bloqueio.

É ele que ainda aqui anda (e na página dele isto ainda é tema também, mas isso é lá com ele), mas tem sempre contexto e justificação para tudo. E ele precisa de se justificar. Depois diz que está nas tintas. Não está nas tintas. Está aqui e por aqui irá continuar.

achei muito relevante o que disse "É difícil lidar com críticas mas é extremamente fácil criticar e humilhar os outros. É a leitura que faço da rubrica que inventou. "

E depois a pessoa responde-lhe assim: "A rubrica expõe o problema de pessoas viverem em bolhas, recusando serem contrariadas. Isso parece-me importante e interessante."

A pessoa que vive na bolha de que bloquear-se alguém é apenas sinónimo de não querer ser contrariada. A pessoa que não consegue encontrar um exemplo na sua página em que aceitou ser criticada. Isto é mesmo giro. Nem é que eu seja contra que ele faça isto, porque pode fazê-lo, assim como o Rendeiro pode fazer uma rubrica intitulada "Ladrões sem vergonha". Poder pode e ninguém o impede. Mas lá que é absurdo, é.

A Diana diz "Por hábito, falamos dos outros para não falarmos de nós próprios."

A pessoa responde-lhe com "Eu estou sempre a falar de mim, mesmo quando estou a falar dos outros..."

Entende-se aqui que ele ao falar da Helena e de outros, no fundo estava a falar dele. E de facto, tem razão.

Achei curioso que o seu comentário o levou a dizer duas coisas sublimes.

1. "Além disso a MJP adorou que se falasse de uma pessoa de que ela não gostava. Veio comentar, vaidosa, que também ela tinha sido bloqueada. Aí gostou."

Já não é a primeira vez que ele diz isto e é mesmo fofo porque esses comentários não apaguei e ele pode consultá-los. A nenhum momento digo que adorei, nem sequer reagi com algum emoji ao texto. Partilhei com ele que tive uma experiência muito similar ao que ele descreveu. Indiquei também que isso aconteceu por mensagem, onde o senhor de facto importunou e foi labrego e ameaçou uma série de coisas. E que a forma que tive para frustrar o senhor foi repetir a mesma frase até ele bloquear. E ele bloqueou. E seguiu a vida dele e eu a minha. É isto que está descrito nos meus comentários. Esta pessoa entende que se alguém não o criticar, é porque está a adorar o que ele escreve. Acho isto fenomenal e cheio de complexos.

2. "Quem tem a técnica de desgaste e querer ficar com o último comentário não sou eu. É a MJP. "

E ainda assim, quem tem sempre o último comentário é ele, como a Diana bem refere. Seja na página dele, seja aqui. Por mim não há problema 🙂 Mas é giro que ele se afaste da ideia de ter o último comentário. Também tenho prints dos últimos comentários dele na sua página, a seguir aos meus. De todos. No fundo, não precisa de rezar. Ele tem toda a vontade disso 🙂

A pessoa em questão alegra-me porque me faz lembrar duas personagens irritantezinhas mas cómicas, tornando-as reais. Uma é a da tal série norueguesa, o Orm. A outra é a que está em baixo. Lindo!

Diana, adorei a sua referência ao chá e agradeço-lhe a paciência.


Ana Marques não me gabes a paciência que isto nem é saudável. Mas confesso ser irresistivelmente bom. 🙂 O tempo dos bloqueios chegará. Beijo!


Diana Soares Meireles e João Coelho, vocês também já não dão muita margem de me defender, não é? 🙂

Sabe Diana, se eu soubesse cozinhar, provavelmente iria usar isso em prol de fazer pessoas felizes com o que eu confeccionasse. Se eu tivesse o dom de pintar, possivelmente iria procurar ser positiva com isso, mesmo que o pudesse também usar em nome da critica social. Gostando eu de argumentar e sabendo que algumas das formas que uso funcionam, é-me dificil evitar ficar quieta e não usar o que sei que mal não faço, sabendo que o silêncio ajuda quem oprime. Já fui mais activa e vou procurando saber escolher melhor as batalhas que me meto. Não há tempo para tanto nem o melhor desfecho, como em algumas das que antigamente me metia. Esta em questão entra numa das poucas que actualmente vou objectivamente, com o intuito de não deixar que o silêncio impere e que a pessoa sinta que é imune a critica e prosseguir o método.

Eu nem digo que a pessoa em questão oprime. Não tem plataforma para isso e quero acreditar que a maioria das pessoas que o lê sabe perfeitamente que - mesmo gostando do que lê - está ali uma pessoa carente. Muitas pessoas gostam de que alguém anónimo diga aquilo que o seu bom senso não lhes permite dizer. Sem consequência. Esta pessoa é um escape fácil para muita gente. Dizer mal é fácil, a questão é que a sociedade tem regras para não deixar que isso se torne regra. Estar em anonimato ajuda a facilitar. Dificil é usar esse anonimato em prol de fazer melhor e fazer bem a pessoas que precisem. E quando digo carente, é a um nivel que poucas pessoas gostaria de conviver, salvo com esta barreira das redes sociais. E como a Diana diz, existirem pessoas assim faz parte. E não é meu intuito que ela deixe de ser assim. As pessoas são o que são e isso não se muda de fora. É opção delas e eu sei que ela irá prosseguir. Mas a partir do momento em que um estilo de escrita, essencialmente focado em largar frustrações (com ou sem humor ou ironia ou arrogancia)... Em que tem com frequência como alvo pessoas que além de não se poderem defender, não podem sequer assistir às consequências disso (amigos a ainda agravarem os insultos)... Fica patente que a pessoa vive disso e de pouca coisa mais. Uma pessoa que até escreve de forma fluída, efectivamente, mas nunca com um intuito de trazer algo bom, algo que tenha critica ou até com mal-dizer, mas que tivesse algum espirito saudável. Não é o caso.

De novo, é opção da pessoa de o fazer e de outros lerem. Eu não o quero impedir de escrever ou que ele partilhe os seus pensamentos "saudáveis". Fiquei contente e pouco surpresa de perceber a razão que o leva a não querer aceitar criticas. Isso traz à superficie aquilo que ele quer esconder em textos teoricamente inofensivos e muito teoricamente humoristicos. Uma frustração imensa do sucesso dos outros, de ver pessoas que ele não acha dignas ou inteligentes serem alguém, uma vivência centrada em como odiar outros (seja particular ou grupo) e acima de tudo uma procura de influenciar que outras pessoas pensem como ele, são vis (dai os insultos colocados na imagem). Uma frustração que o leva com frequência a criticar quem o bloqueia e quem apaga comentários e a que as únicas regras válidas de aqui se estar, sejam as dele. Basta ser um bocadinho mais persistente e isso fica visivel.

Não me admirou que a pessoa não soubesse aceitar a minha critica. Assim como não me admirou que a pessoa se enfurecesse tanta vez com a minha persistência. Uma pessoa que não aceita criticas (e que finge saber aceitar), por minima que seja (e que nunca conseguiu demonstrar que tem exemplos disso), não vive bem consigo mesma. Especialmente se quer que o leiam e se até é lido. É-me indiferente que essa pessoa seja frustrada. Mas se isso entra na bolha de promover o insulto a pessoas que estimo, irei manifestar, quer ganhe ou perca.

Se no fundo não gostei da forma como se dirigiu à visada? Claro. Assim como pessoas que o leem não gostaram de como eu o critiquei. Mas continuo convicta de que por mais longo que o meu comentário tenha sido (que o foi, que costumam ser), a minha critica foi mesmo da arrogância escusada e primária de se achar mais inteligente que alguém, e ter que promover isso, qual complexo de que nunca ninguém diz que ele é inteligente. Em muitos aspectos, nesse e no de acusar os outros de mania da superioridade, fez-me lembrar miudos de escola que raramente sabem argumentar. Tal como referi a ele, fez também lembrar uma personagem de uma série cómica norueguesa, em que o actor de quarenta e tal anos representava o irmão do chefe viking, com 18 anos. Para mostrar o absurdo da sua infantilidade. Aqui pareceu-me igual.

Não gosto de andar nas bocas de tanta gente e de esticar discussoes destas dias a fio. Mas claramente não me arrependo desta, nem que seja por eu saber o que o está a enervar, mesmo que ele vá dizendo que não. Se assim não fosse, ele ter-me-ia ignorado muito mais depressa e iria vangloriar-se disso, com legitimidade. Mas não foi isso que aconteceu. O último comentário na página dele, foi mesmo dele "nem que estivesse ali a vida toda".

Agradeço-lhe as suas palavras e aceitando que é um defeito meu, peço desculpa de me alongar.


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