Estrelas

O dom das trevas
luta com a luz diagonal
O som das quedas
Deixa o mundo horizontal
E com as merdas
No muro o quintal
Com as cebolas das maçãs
Descascadas na horizontal
Caindo desgraçadas
Na escada diagonal
das estrelas descendo
ao inferno de sal
nas noites morrendo
no mundo do mal
De candeias ardendo
Erguidas normal
Contra a noite abismal

As estrelas foram candeias concedidas pelas entidades celestes para que nos guiássemos na noite eterna. Com poderosas são essas centelhas que ardem na distância alumiando tudo o que de irrelevante se passa neste pequeno e miserável planeta prestes a ceder à sua população subitamente alucinada por alguma droga que anda a circular. As estrelas são os fachos da iluminência com os seus implacáveis raios iluminando o Novo Mundo de diques com água escorrendo para as planícies verdejantes e sustentáveis. A opinião começa a circular e é demasiado boa. Essas luzes convertem em poder o tempo e dão nova vida às saudades indecifráveis de um poderosos desafio e explodem em mil pedaços como quando sobem e morrem lá no ar não ideias atiradas para o infinito e iluminado céu estrelado que nem estremece com as novas conquistas do cérebro inflamado.

Petrogul Al-Sapyria

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