Contos Eróticos de Fernando Bacalhau

À noite, enquanto mijava contra o muro húmido de uma escola primária, surgiu uma minhoca rastejando-se pela parede, mesmo à minha frente. Ao ver a minha pila, a minhoca soltou as suas anteninhas e aproximou-se o máximo possível. Ela perscrutava o meu pénis, sentia no ar a sua força retumbante. Não sei muito de psicologia de minhocas, mas diria que aquela estava excitada na contemplação da minha minhoca. Será que ela julgou ver ali um ser da mesma espécie, maior e super atractivo aquele par perfeito para procriar e conceber uma valente geração? Não sei bem o que a minhoca pensou ao ver a minha piroca, o que é certo é que ela ficou para ali, esticando-se e alongando, como se quisesse comunicar, seduzir o meu pénis. Ao ver como inchava aquela minhoca comecei a sentir-me desafiado, ela estava a crescer imenso, não só em comprimento, mas também em largura, entumescendo a olhos vistos, foi então que eu pensei para mim, “ai é, estás aí com merdas, caralho?” e comecei a afagar o meu mangalho recordando-me da Sónia das três da tarde, a bem tetuda do bairro a quem dera umas valentes trancadas nesse mesmo dia. Não foi preciso muito tempo para conseguir ganhar a minha erecção. Cotejando aquelas duas minhocas, a minha vencia e humilhava o ser viscoso que se arrastava na parede humilhado. “Quem é que tu te julgas, quem é que tu te julgas, pá?”. Ria às gargalhadas. Para concluir a humilhação puxei o meu caralho com o dedo indicador e soltei-O como se fosse uma alavanca, lançando a minhoca humilhada por terra com um piparote de pila, cobrindo-a de opróbrio.

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