Lições de Escuridão

Hoje sinto-me lúcido e alerta
Enquanto percebo tudo por que passei no meu passado longínquo
Antecipo um futuro tão incerto como os meus primeiros passos
Neste Mundo vasto em maravilhas
Hoje, sinto-me prisioneiro do passado recente,
Destes últimos anos à sombra da vida
Escondido e parado no mesmo lugar
Colhendo da terra o alimento necessário
Vivendo só de mim e só para mim
Longe,
Estar vivo e sem movimento geográfico no planeta que me acolhe
Está a destruir-me devagar como uma doença prolongada avançando sobre mim
A preguiça vence a vontade de partir
A pena que sinto de mim mesmo, dos infortúnios,
Das batalhas que sempre perdi por mais esforço que nelas colocasse,
Reconforta-me em vez de me intranquilizar
(Pobre Zenit Saphyr com tanta comiseração e compreensão em relação a si e aos outros)
Os meus olhos vertem uma dor intransmissível,
Um brilho de tristeza e complexidade interior
E é esta urgência que tenho em descrevê-los pormenorizadamente
Enquanto vasculham cantos solitários durante a noite
Que me leva a escrever versos
Nos meus olhos vive o medo que devora a alma,
A ALMA,
com origens divinas é um espaço sagrado
Um Universo de realidades interiores sonhadas
Acumuladas ao longo do tempo da nossa vida
Tornando-se mais forte, complexa e antiga
A cada dia
Essa força incompreensível da Identidade
Que nos coloca o pensamento num corpo pronto para agir

Comentários

  1. Escrito inacabado, uma vez que perdi a corrente de pensamento em que me encontrava...

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