Comiseração (I)

Quando não está a atacar sanguinariamente, está a aguardar, a dar tempo à presa de respirar ou de esquecer os erros passados. De novo, amanhã, ou depois, num futuro sempre próximo, um novo contacto causa uma nova depressão causada nele próprio e na vítima perseguida, mas nunca encontrada. Sairá de sua casa mais vezes com o mesmo intuito de encontrar no guia escolhido a salvação, mas este, sempre altivo, fugirá. Calcorreará os sete mundos e as dimensões em busca das suas palavras espalhadas e encontrará sempre o mesmo vazio e ainda algum nada, que guardará na mochila e transportará aos ombros como único fardo através do sem-sentido quotidiano que as suas vivências passadas proporcionaram...escolherá a morte no momento certo.

Nadir Veld




Nota de Zenit Saphyr: Como é que eu deixo este merdoso viver dentro de mim? Nasceu não o posso deixar morrer, mas contemplá-lo causa-me sempre um asco inacreditável. Não se cala com as suas perturbações medíocres e está sempre a lamentar-se, por isso comecei a chamar ao seu choro comiseração e esperar que se cale ou morra sufocado na tosse do próprio choro. Salvei-lhe a vida há algum tempo, quando ele se tentou enforcar...Previ que o tentaria fazer e substitui o tecto por um novo falso, de jaisdfajisdfj, que se quebrou com a sua estúpida queda e não pode consumar o acto depois de se aperceber como os Deuses se riam dele.....

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