Não Sei o que Somos ou fomos

Hoje não sei o que fomos ou somos
O rio que finalmente corria
De súbito parou
Toda a vida estagnada
Na água imobilizada
O silêncio aterrador
Pairando nos lugares onde fomos felizes
Aumenta a pena e a tristeza que sinto por mim próprio
Tão confortável comiseração de mim mesmo
Uma praia livre onde posso existir descansado para sempre
Sem a memória de recordações
Sem a memória de recordações
Sem que os acontecimentos inexplicáveis
E os grandes desentendimentos
Surjam como magníficos fantasmas monstruosos
Gigantescas sombras na vida
Sombras sem fim onde caminharia para sempre
Sem luz

Nadir Veld

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