Os Diários Lunáticos de Zenit Saphyr (26 de Agosto de 2016)

Voltei hoje à cidade em que estou a viver actualmente, Novi Sad, depois de mais uma viagem pelos balcãs, em que passei pela bósnia e herzegovina, a macedónia, o kosovo e pela albânia, onde estive mais tempo. Neste lindo país conheci pessoalmente aquele que considero um dos melhores e mais apaixonados cantores da actualidade, o enorme Ilir Shaqiri. A ele e à sua abençoada voz, que não precisamos de entender para que nos hipnotize, mando um sincero abraço.
De durres, cidade costeira albanesa, ainda fui para a Itália de barco, estive em Ancona, em Roma e em Bolonha, mas tive de voltar para os balcãs porque esta zona apela mais ao meu coração...não gostei lá muito de itália, tem lindas casas e edifícios, mas eu não viajo para ver monumentos, isso posso ver em fotografias. Viajo para sentir o amor das pessoas e um olhar apaixonado e cheio de vida de um albanês vale mais que todos os altares della patria. Em Itália, senti-me também ligado ao terramoto que destruiu Amatrice, por ter pensado no terramoto de Lisboa meia hora antes de acontecer esse.
Para algumas pessoas pode ser um pouco contraditório gostar da Sérvia e da Albânia, mas eu gosto de ambos, sérvios e albaneses, ainda que eles se odeiem...
Quanto ao Kosovo não sou nem nunca fui favoravel à separação. Acho que os países se devem unir todos, por isso defendo a Ibéria. Se todas as minorias se separassem que países restariam? é verdade que o Kosovo é 90 por cento albaneses, mas o norte da sérvia também é só húngaros, eslovacos e, creio, também romenos...São temas muito complexos, eu compreendo ambos os lados, o que faz com que não compreenda nada de nada, com que não possa tomar uma posição...se me perguntarem quem tem razão, a única coisa que posso pensar é que ninguém tem razão, há conflitos e depois os políticos estragam e destroem tudo, alimentam o ódio para os produtores de armas poderem esfregar as mãos. Eles devem pagar comissões a quem sustenta e espalha as guerras, a quem cria os conflitos. Se um sérvio e um albanês se quiserem entender, eles entendessem...claro que não pode haver leis, como houve no Kosovo, que priveligiavam as minorias sérvias, o que é inadmissível...ninguém pode ser mais nem menos que ninguém, devíamos todos ser irmãos, albaneses, sérvios, russos, ucranianos, turcos, curdos...que mundo tão louco em que se fazem estátuas a assassinos nacionalistas e se tem tanto orgulho numa bandeira...rasguem-nas a todas, sua cambada de bandidos...

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