Escritos de Zenit Saphyr

Gosto de ouvir o gelo explodir enquanto se derrete a partir dessa eclosão numa garrafa de plástico semi-cheia com água.

Acordar sem meios Dar corda a cordeiros A corda que estica A alma que vai E o corpo que fica Nadir Veld

Gosto de TI. Enormemente, conheça-te ou não. Tenhas-me, ou não, feito mal, tenhas-me ou não odiado. Gosto de ti só porque vives e estás aí, a ouvir-me, que estive aqui, sofrendo como tu, para um mundo orgulhoso. Somos iguais em matéria viva, por isso, brindo a ti no tempo e endereço-te um abraço no vazio, meu irmão em Universo!

Al sentia-se a fome...Ela corroia-me por dentro como nunca antes naquele inferno. Arrastava-me pensando comer a areia do chão para saciar a fome, mas não me enchi de pedras e resisti. Ao longe vi alguém aproximar-se. Quatro panteras transportavam um homem aprisionado com uma candeia que alumiava a noite. As feras negras ameaçaram-me quando passaram e o misterioso homem que trazia a centelha comia com a mão direita. UVAS. CEREJAS. E AS MELHORES CARNES ESCOLHIDAS. Os seus olhos humanos cravaram-se nos meus. A última fera que por mim passou mostrou-me os seus dentes furiosos e depois veio a escuridão das estrelas outra vez. E a minha fome insustentável torturou-me noite dentro. Não há maior pesadelo que existir no Inferno. Que existir e nada poder fazer. Tragam-me os mundos todos imaginários, todas as loucuras demoníacas engendradas por Apocalipses temporários numa Galáxia Longíqua. Ali era o mundo e tudo acima dele era um céu imenso, tantas vezes sem esperança. O que daria eu por qualque