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Aldrabões, forjadores de notícias!

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Um dos partidos mais assustadores que tem aparecido nos últimos tempos em Portugal é o Iniciativa Liberal, um conjunto de empreendedores betinhos ultra capitalistas saudosos do Salazar. Como seria de esperar eles têm muito dinheiro e apoio, pelo que os seus golpes publicitários e os seus cartazes são bastante engraçados e bem pensados e é isso que me assusta. Um partido tão horrível e maldoso, representando a face do puro mal não deveria seduzir as pessoas com semelhante competência. Isso enerva-me. Hoje todos os jornais espalharam uma notícia absurda (O Jornal I até fez capa com isto) sobre as listas enviadas para as eleições legislativas pelo distrito de Portalegre. A notícia dizia que a lista tinha duas mulheres a mais e não cumpria as exigências de paridade. O título de todos os jornais era uma coisa como “Iniciativa Liberal tem que retirar duas mulheres das listas” como se eles fossem vítimas de alguma coisa. Em vez de passarem a notícia “Mandatário do IL de Portalegre mand

Não Gosto (113)

Detesto esta nova mania dos árbitros de futebol de adiarem a marcação de um fora-de-jogo claro só porque são medrosos e temem enganar-se, prejudicando um clube, o que lhes valerá um coro de críticas que agora querem a todo o custo evitar. Eu compreendo o seu medo e também entendo que, em casos mais duvidosos, possam deixar a jogada prosseguir para depois se fazer uma análise mais criteriosa no Vídeo Árbitro. Há milhões de olhos a ver os jogos e um pequeno erro pode decidir o resultado final. Vozes iradas erguer-se-ão contra a equipa de arbitragem, acusando-os raras vezes de negligência porque, se um árbitro de futebol se engana, é certo que está comprado pelos poderosos milhões das equipas mais abonadas, o que os torna uns salafrários da pior espécie. Contudo isto já começa a atingir proporções absurdas, com os árbitros a esperarem para marcar fora-de-jogo em lances em que os jogadores estão três metros para lá do penúltimo jogador adversário. Isto não seria muito grave se, por ve

Assoltin Ossel de Ivos Strapunaris

O meu amigo Ivos mandou-me hoje um e-mail com o seu novo livro, “Assoltin Ossel”, pedindo-me para divulgar um excerto nas minhas redes sociais e no meu blog. O Ivos tem um grande orgulho neste livro, dizendo que se trata de uma das suas obras mais importantes e que esteve vários anos a escrevê-lo. A grande peculiaridade deste texto, que salta aos olhos logo na primeira frase, é que ele é escrito numa língua completamente desconhecida, com palavras que vão sendo inventadas pelo autor à medida que vai escrevendo, naquilo que pode parecer um exercício de pura lunacia, mas, quando analisado mais de perto, também pode ser visto como uma interessante reflexão sobre os tempos modernos em que tantas pessoas escrevem tantas coisas e têm tantas opiniões mesmo que estejam a dizer coisas tão válidas como as dispostas nas 470 páginas deste “Assoltin Ossel” do grande Ivos Strapunaris. Agorkonos leíos belav, delí meiun balidol kanko vari. Émios delius krygarl, fagajestus mûlti. Na kak d

As máquinas do controlo (12)

Todos se tentam conquistar e estão em mesas redondas a planear formas de tarifar todas as vidas e as vozes robotizadas serão importantes implacavelmente a emitirem resoluções definitivas e incontestáveis porque a voz se cala e não há rosto é só uma multa sussurrada pelos grandes bandidos que gerem a máquina do poder e o homem comum nunca poderá deixar de ir comprar um miserável bilhete a essa portentosa força, mas essa máquina está sempre avariada e tritura os passageiros com cancelas assassinas. As barreiras estarão sempre no caminho.

Não Gosto (45)

Odeio profundamente a dobragem que muitas reportagens televisivas fazem de entrevistas a estrangeiros e não permitem que se ouça bem a voz da pessoa que fala. Mete-me nervos. Eu não quero ouvir sempre a mesma voz! Quero legendas e ouvir as coisas como estão a ser ditas, como é óbvio. Arrepia-me os nervos quando a voz do entrevistado vai abaixo e se ouve a voz de um tradutor falido, nada apaixonado pelo que está a dizer, eu gosto de ouvir as vozes, gosto de ouvir as línguas e tentar entender o que querem dizer as coisas! Deixem as pessoas falar à vontade, ponham legendas, caralho!