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A mostrar mensagens de março, 2015

As Mais Feias Palavras da Língua Portuguesa

Autoclismo Cuecas - Cúuuuu soará sempre mal. Feio - Esta palavra é muito desagradável esteticamente. Ainda bem! Fronha Garrafa - Como quase todas as palavras com dois rr's  soa muito mal... Morramos - Morrer é sempre uma coisa feia. Esta conjugação do verbo morrer resulta provavelmente na palavra mais horrível da nossa língua... Restolho - Esta é, possivelmente, a mais grotesca das palavras. Ainda por cima é a palavra principal de um poema cantado no Festival da Canção (e que ganhou)...

Gosto (XXXVI)

Gosto muito de compreender como funcionam todas as coisas, estudando de forma exaustiva e auto-didática os mecanismos que as compõem, lendo e analisando as várias perspectivas, todos os pormenores. Este meu estudo de todas as coisas impede-me de ter um conhecimento muito profundo sobre uma área específica e deixa-me perdido numa selva de ideias, parado perante nenhum garante, estupefacto com a COMPLEXIDADE .   Nessa altura, desço das estrelas e nada serve para nada. É inútil.

Gosto (XXXV)

Gosto de me comportar de forma excêntrica na presença de personalidades famosas. Sempre que vejo alguma cara conhecida, começo a comportar-me de maneira insinuante, lançando boatos muito alto, ou fazendo ocorrer situações bizarras, para que o VIP se sentisse embaraçado e tentado a intervir. Uma vez sentei-me ao pé do ilustre historiador José Hermano Saraiva e comecei a insinuar, numa conversa ao telemóvel, "já ter limpado o sebo ao facho", o que deixou o velho homem claramente incomodado. Claro que esta minha síndrome de comportamente extravagante com VIP'S não tem nada de comparável com a do meu amigo Sanney, que costumava dirigir-se a famosos como se não os conhecesse, perguntando se lhe podiam indicar uma casa de banho. Depois, enquanto se afastava gritava: "É só para bater uma punheta!" de  forma sempre insinuante e grotesca, surpreendendo o famoso. E continuava a andar tranquilamente.

Dentes em Chamas

Há um incêndio nas nossas escadas Caem as tábuas, estátuas esmagadas De náufragos ardendo sucumbindo À gravidade empoleirados nos membros Esforçados que resistem silenciosamente Ao apelo da queda puxados pelos pés esticados Que recebem labaredas várias enquanto Balançam em segredo uma última vez No instante catártico em que o corpo Compreende pela última vez o gesto E cai quando os dentes caem na escuridão E tropeçam nas escadas infernais Tilintando abandonados para os pisos soterrados Há um incêndio nas nossas escadas Nadir Veld 

Gosto (XXXIV)

Gosto de ser surpreendido por sons exagerados da televisão e procurar o comando, encontrando-o apenas quando o som já não está assim tão alto.

Gosto (XXXIII) (P)

Gosto muito de mitos urbanos, principalmente aqueles que envolvem personalidades famosas. Alguns desses mitos até podem ser verdadeiros, ou ter algo de verdadeiro, uma vez que criam à sua volta uma aura de crença nessas histórias, como se aquele acontecimento bizarro e impensável até fosse credível, -Há um tesouro no fim do arco-íris. - Marilyn Manson voa, esmaga pintainhos em palco e tirou as costelas para fazer um auto-broche. - Unhas de porco e outros animais foram encontradas em hamburgers do Mcdonalds, tal como caudas de ratazana. - Se se comer antes de ir para a cama e não se lavar os dentes, baratas, aranhas e outros animais podem vir à nossa boca comer os restos de comida entalados nos nossos dentes. A versão mais divulgada deste mito diz apenas que comemos oito aranhas por ano. - José Sócrates forma um par romântico com Diogo Infante e os dois são frequentemente vistos a passearem-se na baixa lisboeta às cinco da manhã de dias da semana. - Paulo Portas costuma passear-s

Gosto (XXXII)

Gosto dos ruídos da noite, mesmo que esteja a tentar dormir. Nunca me queixei do barulho dos vizinhos a ninguém, até porque, na verdade, as pessoas mais barulhentas actuam de dia, com as suas sirenes, carros de limpeza extravagantes e o fragor do movimento e da vida. À Noite os ruídos são muito mais subtis, delicados. É o ruído dos silenciosos, a maior parte das vezes. Os gestos cuidadosos revelam o respeito pelos que dormem. Todo o som que me chega aos ouvidos parece produzido num sonho alheio e compreender o seu significado torna-se uma obsessão, por vezes. - Louvo o som de objectos caídos no soalho e cujo impacto misterioso me deixa a imaginar histórias. Podem ser pessoas descuidadas, ou objectos esquecidos num quarto do passado, há muito tempo caminhando para aquela solitária queda, perturbadora da paz inanimada. -Gosto de ouvir o som de chaves a cair no alcatrão, tilintando debilmente, quando estou na cama. -Gosto de ouvir bêbedos a cantar canções icompreensíves enquanto adorm

Profecias Atmosféricas (VII)

Numa estrada três vielas Muito belas Encalhas na melhor delas

Gosto (XXXI)

Quando acordo, gosto de dizer a hora que é, tendo em conta apenas os minutos que passaram, sem mudar o número de horas que foi mudando comigo desligado. Sei sempre dizer que horas são sem precisar de consultar relógios. Sinto o tempo. Então, quando acordo faço este jogo: Se me deitei às 03:48 da noite (conta a última vez que vi a hora, não aquela em que adormeci.), digo que acordei às 03:279 enquanto mudo o meu relógio mental para as  08:27 brilhantes reproduzidas nos dispositivos e estou pronto para um novo dia. É um repente que me faz pensar melancolicamente em todos os minutos perdidos. E são sempre demasiados.  Muitas vezes durante o dia funciono da mesma forma, pensando, por vezes nas 22:80, que são as 23:20, hora de iluminações vagas.

Cérebro Derretido

Intensas ondas electromagnéticas propagam ideologia fascista congeminada e preparada por políticos-gangsters usando altas gamas cibernéticas para espalhar mensagens de discórdia e ódio através de todos os  routers fornecedores   de  Internet. Um supremo poder invisível voga pelo ar que respiramos e contamina o nosso sistema desde a planta dos nossos pés às pontas do nosso cabelo, vai corroendo o organismo através de dissolventes lançados propositadamente por políticos-gangsters . Há largos anos sou vítima destes brutais ataques contra a minha integridade e agora, sempre que movo a cabeça e, quando me curvo, sempre! ouço o meu cérebro splash splash splash liquidificado no meu crânio, sempre que mexo a carola, às vezes quando faço um ligeiro e simples movimento para trás, para mirar quem me chama! Em todas as ocasiões, esse som de água a ser violentamente agitada numa garrafa de plástico, vibra nos meus tímpanos directamente para aumentar a minha loucura! DENTRO DO MEU PRÓPRIO CORPO! Ch

Gosto (XXX)

Gosto de aliteração. É a minha figura de estilo preferida e costumo usá-la muito enquanto falo, o que deixa os meus interlocutores algo espantados, acima de tudo com a minha capacidade de improvisação-para-a-aliteração em conversas banais.

Gosto (XXIX)

Gosto de pessoas curiosas e irrequietas , que não conseguem parar de mover o pescoço para levarem os seus olhos a desfrutar de todas as visões possíveis, para terem o máximo de perspectivas sobre os locais que exploram. Gosto da forma febril com que essas pessoas falam apaixonadamente das coisas que as tocam e do seu constante desejo em adquirir novo e mais profundo conhecimento.