Aos Mortos
Aos Mortos
Todos os que a
atravessaram
Já estão para lá da
fronteira
No reino eterno da
morte
O que os distingue do
nada foi terem vivido
Brevemente, talvez
Existiram num
instante do Universo
Individualidades
distintas
Ninguém as conduziu
pela mão
Ao reino da morte
sonhada
Espírito, alma solta
do corpo
Do desgraçado que jaz
morto
Agora, nada conseguem
gritar
Do reino de trevas da
morte
Cegos, quando lhes
agitam os lenços na despedida
Aqueles que ainda não
passaram a barreira
Para o reino perpétuo
da morte
Alvos Millar
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