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A mostrar mensagens de maio, 2014

Profecias Atmosféricas (IV)

Três putos partem para uma aventura particular Em busca dos odores a doçura molecular Dos aromas que provocam o vento E cujo Império ainda adormecido aguarda mandamento

Alma

Será que a Alma é uma coisa que entra connosco na vida presa ao corpo e tudo o que faz é lutar para libertar-se?

Profecias Atmosféricas (III) P

Ferida por um bando de pássaros de ferro A civilização em fumo reergue-se contra o desterro Quando demasiado cedo se fizer o enterro Das complexas possibilidades produzidas pelo erro

Profecias Atmosféricas (II) P

Uma rajada de vento sopra a brisa vermelha Nas planícies da comunhão trabalhadora Quando o lobo for irmão da ovelha Nem os Generais ligarão a máquina destruidora

Profecias Atmosféricas (I) P

Os Oceanos contidos em muralhas Serãos os prisioneiros do futuro Os mares revoltos em batalhas Tornam caótico o céu escuro

Demónio do Céu ou um Anjo do Inferno........?

O doutor Esteves, como lhe chamavam todas as suas acompanhantes, pousou numa cadeira de café, a sua mala com o futuro de vários países. Precisava de um café e a Brasileira do Chiado pareceu-lhe o local ideal, bem perto da estátua do Pessoa, para ver passar os estrangeiros, como tanto gostara de fazer, mas também por ser fácil encontrar-se com o seu próximo Mediador. Agora a sua vida era uma reunião e pouco tempo tinha para fazer outra coisa. Quando pediu o café e viu o chegar o seu amigo não imaginou que pudesse ter uma bomba alojada no maxilar ingerida com um Hamburguer gourmet armadilhado por um Guerrilheiro. O negócio seguinte não se podia concretizar e reza a lenda que mesmo a cabeça da estátua do Pessoa se voltou para ver o espectáculo que aconteceu pouco depois de se sentar um severo alemão. Falavam do Verdadeiro Poder quando o Doutor Esteves se engasgou e explodiu como fogo de artifício unipessoal cujos despojos feriram mortalmente o alemão com uma abocanhadora dentadura sem cor

O apelo da cidade

Se há naquela cidade Um apelo há minha alma fugidia São os esconderijos onde de novo vejo Os que não voltarei a ver Descendo em grupo a rua sob a pálida lua E as centelhas dos momentos que se vão perdendo, Sem dissabor futuro, Por saber que não me lembro de como se foi o tempo, São aproveitados mesmo assim, num esquecimento reconfortante Lembrado como uma verdade extática e inalcançável Ocorrida há um milhar de anos No fundo da nossa consciência

Receptores Olfactivos

Os Receptores Olfactivos estavam na moda e toda a gente partilhava os seus cheiros nas redes sociais através de um novo e engenhoso aparelho capaz de transportares a ondas odoríferas. Mais uma vez os humanos provavam a sua estupidez, concentrando atenções que causaram alterações civilizacionais na guerra dos cheiros e do poder do controlo total através da manipulação de também esse sentido do homem. A audição é perturbada e controlada desde que nascemos por ondas rádio impostas por Senhores do Mundo, a visão dificilmente passa dois anos sem albergar um televisor, onde imagens-impostas conduzem a uma nova perdição, agora o olfacto passava também a ser controlado...os outros dois sentidos são mais difíceis de conquistar, mas os médicos inimigos facilmente lograrão os seus intentos maquiavélicos...Nas avenidas, vejo-os subirem e descerem despreocupadamente as noites tranquilas com nova maquinaria e um cheiro exótico à volta dos seus mantos com misteriosos sorrisos e também a ti te tolda o

Savoj (passado para PC)

As palavras continuam a enganar-nos. Todas se fixam e até sons produzem às vezes (quando são lidas. ALTO!). É o climax possível de uma palavra escrita, que ela venha a ser gritada, como num orgasmo comunicacional de ideias...É trabalho do escritor causar na alma do leitor um ímpeto para que as suas palavras sejam amplamente divulgadas...porque a vida...nas palavras e nas coisas que ela transmite é sempre uma certeza...mesmo o pensamento mais demente e desvairado tem o desejo de ser compreendido...Qual o interesse de viver se não for para sempre nas paredes de algum muro?

LuaA!?

Na lua, os teus pés de prata correm livremente Por entre crateras e no silêncio Da noite eterna Mesmo na rua, a galopada ouve-se onde estou Galga o vazio com a tua alma fugidia, anjo das trevas Quem és tu para me atormentar tão distante? Quantas vezes me dominará a cólera para não perguntar outra vez?

O que é a droga?

-Eu estava a ir por uma estrada e deixei de me lembrar qual a estrada em que estava, mas isso não me impediu de continuar a escolher saídas. É esse o seu prazer em fumo? Escapamos de tudo e de pensar tudo e perdoamo-nos por pensar o que pensamos. Ela vai voltar sempre enquanto estivermos dispostos a recebê-la. Elas chega-nos dos cantos recônditos da cidade...Todos os caminhos levam a ela. Quando é ela que nos conquista e guia a consciência? Aí ainda não estamos perdidos, mas vivemos num mundo à parte, alheios, verdadeiramente alheios. O sono é a mais pesada das drogas, à qual todos temos de ser submetidos...Morfeus é o deus do sono e de da droga...embalados na semi-inconsciência de pensamentos eternos a fazer brilhar teias na nossa imaginação e depois uma gargalhada faz-nos sentir uma explosão azul através da noite e a luz de néon parece a madrugada e tudo o que nos sentimos à flor da pele nos atinge. Sentimos com uma percepção mais aguçada. Sonhamos outra coisa mirabulante c