Toda a rosa tem espinhos, mas há muitos espinhos sem rosa
Sozinhos inventamos a prosa mais vistosa Porque preferimos como companhia amistosa Aquela que na multidão se destaca graciosa Todos corremos atrás duma mulher misteriosa Que nos deixa palpitante a alma em polvorosa Quando sob o céu se nos jura amorosa Sussurra mentiras e triunfa sempre, gloriosa. As promessas desvanecem numa nebulosa Teia de enganos, em que, presos, a vemos vitoriosa Enquanto parte fingindo-se furiosa Esta é a mensagem poderosa, a verdade desastrosa Toda a rosa tem espinhos, mas há muitos espinhos sem rosa Nadir Veld, dedicado ao Arthur.