Os Diários Lunáticos de Zenit Saphyr (28 de Janeiro de 2016)

Uma pedra no nosso coração estrangula a decisão e afunda-se sem perdão para os confins de uma garganta que não cantou a sua emoção e sufoca as nossas entranhas com securas estranhas e nós achamos que é a alma que dói, mas é só uma dor ligeira que dói, não lhe devemos prestar atenção, essa coisa esta entre as inutilidades, merece ser esquecida, mas por vezes a pele lembra-se e então corre por todo o corpo um arrepio frio e os pêlos esticam-se e sabem que há ali uma mentira orgânica que impede o normal funcionamento do corpo que se julga num tormento. E assim passamos dias pensando na nossa máquina emocional, consultando os astros para guiarem os nossos pensamentos e rezando à lua para que não se esconda. Ela hoje está cortada a meio, eu sei, está a decrescer, mas o lado positivo é que os dias estão a crescer e já se nota e os dias longos são maravilhosos, acabou a noite imensa. A lua está a fazer as nuvens brilhar arco-íris e isso está tão longe daquilo que eu precisava de fazer!

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