Os Homens Quebrados (XXXII)

Quem segura as mãos que caem desamparadas a meu lado?
Os meus membros estão adormecidos e o meu olhar congelado
Estou entre os que quebraram
A certa altura, no tempo, o seu tempo deixou de existir como o tempo dos outros existia,
Os dias eram horas e às vezes, horas eram meses que nunca acabavam
então era tempo de dizer a verdade, não, é peço desculpa, camaradas, atrasei-me
Foi isto, foi aquilo, reúnes desculpa, mas sabes quem podes culpar e então culpas-te a ti
É aí que nasce o remorso e toda a auto-consciência
Quando te encontrares na estrada da vida com graves chagas do pasado
Facilmente perderás a recta via
Esta é uma mensagem evidente
Fizemo-la fortuita para que podesseis ver mais do que um céu

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