Todos somos memórias na cabeça de alguém

Todos somos memórias na cabeça de alguém
Breves recordações de momentos
Sorrisos e cumprimentos
Todas as pessoas são memórias
Na minha consciência recortada
Pelos ataques do isolamento forçado

Somos todos memórias perceptivas
Que tacteiam pela vida
Atingem sonhos de beleza
E Apocalipses de comunhão

O que somos então?
O que somos então?

Somos os Ocasionais, por vezes rejubilamos
Por vezes votamos contra
O Peruano no deserto
E voltamos a casa
Desejosos de tentar outra vez

O que somos então?
O que somos então?

Somos os pesadelos que atormentam as multidões que interessam
Somos a armadilha da nossa vida
Somos o desespero da reunião

O que somos então?
O que somos então?

Vestígios antigos e más recordações
Nas praias poluídas de memórias alheias

O que somos então?
O que somos então?

Somos a pegada que não pode ser apagada
O trilho que não pode ser desfeito

O que somos então?

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