Dicionário para fundar novas palavras (Estas palavras que proponho) A pedido do amável e querido senhor Cavaco Silva, o nobilíssimo presidente da República e expoente máximo da divulgação da lusofonia pelo mundo fora, empreenderei a missão de criar novas palavras para o uso dos portugueses e dos outros povos lusófonos. Todos os dias confrontamo-nos com situações que não podemos descrever, ou por elas serem, julgamos nós, irrepetíveis, ou, por simplesmente serem diferentes de tudo o que conhecemos. As palavras que existem nem cobrir podem tudo o que se passa debaixo do céu, e nós gostamos de pensar no que há a cima dele…O tempo trará sempre novas palavras. Estas palavras que proponho versará sobretudo sobre sentimentos ou eventos intemporais, comuns a todas as épocas e a todos os homens. Aqui também apresentarei traduções possíveis para palavras que existem noutros idiomas e que são de uso corrente em português. Dar nomes às coisas confere-lhes poder. Acçõe...
Estava a viajar à boleia no Alentejo, farto de que os velhos passassem sem parar para me acolher, quando avistei ao longe um carro vermelho que me encheu de esperança, porque havia algo naquela cor que destoava da apatia a que os carros que iam passando me habituaram. Estendi o dedo polegar, perdendo um pouco de esperança quando reparei que o carro era guiado por uma mulher loira, porque as mulheres, quando viajam sozinhas, não costumam parar para dar boleia. Preparado para mais uma decepção, esbocei o meu sorriso mais charmoso e esperei pela sorte. E não é que ela parou mesmo?! Corri para o carro, e, quando abri a sua porta, tive a minha segunda surpresa. O carro vermelho era conduzido pela voluptuosa Alexandra Lencastre, popular actriz portuguesa. - Entra, entra, eu não costumo dar boleia a qualquer pessoa. - disse-me ela e depois trincou o lábio. Esta frase fez com que o meu coração disparasse, o meu sangue acelerou em torrentes e eu senti o meu membro preferido a agigantar-se den...
Os romanos estão cercados pelos gauleses (Hugo Dionísio, in Facebook, 24/04/2023) Será possível pegar num livro de “Asterix – o Gaulês” e, após uma ávida leitura, chegar ao final e… Ao contrário do que vos tinham dito, ficarem profundamente convencidos de que quem invade são os gauleses e é o Império romano quem está cercado? Se consideram esta conclusão uma impossibilidade em si mesma, então, deixem-me dar-vos uma notícia: este é nosso prato do dia. Todos os dias, no “jornalismo” de taberna, na “literatura” de supermercado, na “investigação” de pacotilha e na “narrativa política” de jardim de infância, somos levados a acreditar que os romanos estão cercados pelos gauleses. E, o mais grave, é que muitos parecem acreditar. Façamos de conta que, tal como vos omitem as factualidades históricas que antecedem os factos que justificam todas as falácias, Goscinny, ao invés de apresentar Roma como um Império e a aldeia de Asterix como resistente, faria o seguinte, daria uma de jornalixo ...
Comentários
Enviar um comentário