O Murmúrio Solitário da Morte
O Murmúrio Solitário da
Morte
I
Por Mim Se Vai à eterna Morada
Por Mim Se Vai a um Reino de Perpétuo Nada
Por Mim Se Vai ao Reino Incógnito da Morte
Destino derradeiro até do mais forte
Destino derradeiro até do mais forte
Aceitai a lei da Terra, vós que nasceis
Eu sou o fim de tudo o que conheceis
Eu sou o fim de tudo o que conheceis
O guia da alma solta dos corpos que morreis
II
Sempre ocupado enquanto
houver vida
Eu sou a estrela da
morte
De todos vós a final
sorte
Sou múltiplo e
desordenado
Actuo em todos os
lugares imagináveis
Ao mesmo tempo
Em todo o momento
O corpo falha
A mente foge
A alma solta-se
E é entregue, talvez em
fumo, depois da viagem
Perplexa, pairando numa
outra Margem
No Reino de Trevas da
Morte
III
A assustadora
inoperância daqueles que deixo
Inanimados por dentro
Gela a espinha dos que
observam fins
No Reino em Luto dos
Vivos,
Um mistério em corpo
desamparado, agora sem força interior
Caído como um fantoche abandonado
pela eternidade ilusória,
Os seus olhos não
reflectem luz
E são fechados
solenemente por dedos que também despirei de carne
Sou um dos principais
agentes da existência
A Ciência da ciência
E vós, tendes de ter
paciência
Os vivos são os mortos
do futuro
Os vivos são os mortos
do futuro
IV
Todos me conhecerão
porque
Eu sou o medo
Porque ameaço cedo
Sedento de silenciar
Sombras
Solitário na minha
tarefa de desvendar
O Sonho em Chamas da
Morte
Um paraíso externo atmosférico
Um paraíso externo atmosférico
Eterno e feérico para
quem não o sente
O Outro Mundo
O Reino do Desconhecido
Perpétuo
V
Sou o rosto do nascer
do mundo
Sou o rosto do nascer
do mundo
Vivo do tempo que
envenena todas as cores
Nas selvas, onde os
exóticos animais lutam pela vida
Nesses campo de
batalha,
Onde os candidatos
conservam vida tirando vida
Eu sou esperado por
todos
Sou a matéria própria
de que se faz a sombra e o medo
Sou as peregrinações e
as crenças
Que nasceram para me
explicar
Sou múltiplo e
desordenado
O sossego indesejado
VI
Vitorioso, quando
encaro qualquer desafio,
Aqueles que ainda não
visitei,
Sabem, tristes, que
chegarei
Sombrio como flores
murchas
Num vaso de mármore
branco
Velado por anjos
Numa Torre de Homenagem
ao Passado
Que aprisiona o corpo
tombado
Com a lei do tempo decompondo
Num caixão de cedro almofadado
Sob uma laje de enfeites de angústias religiosas
VII
Vitória grito
Sempre que ajo
Até porque de negro nos sonhos trajo
Com a lei do tempo decompondo
Num caixão de cedro almofadado
Sob uma laje de enfeites de angústias religiosas
VII
Vitória grito
Sempre que ajo
Até porque de negro nos sonhos trajo
Alvos Millar
detestei, vc é um péssimo escritor, desculpe, mas é a verdade, deveria tentar fazer outra coisa
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