Comiseração (VIII)

Quando subo a rua tentando todas as oportunidades para lograr alguma da felicidade prometida, apercebo-me quão inúteis são os meus esforços debaixo do sol. Em todos os rostos tranquilos vejo a vontade que me foi vedada e a verdade sempre ocultada. Porque não sou o Outro? Aquele ali que está de pé por baixo da sala e vê-se até a sua mão feliz comandada por olhos sorriso, ou o Empregado de Mesa a dançar servindo os outros, ou simplesmente um animal sem este passado que carrego no fardo. É um salto para o abstracto procurar perguntas sem palavras.

Nadir Veld

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