Os Diários Lunáticos de Zenit Saphyr (12 de Novembro de 2015)

Ao ver-me ao espelho fico fascinado com estes olhos tão envelhecidos, olhos tão endurecidos. Ver é sofrer e viver a ver sofrer faz os olhos arder angústias até ao dia da alma morrer. Embelezo a minha expressão com estes olhos fascinantes, olhos tão evidentes. Não há dúvida nenhuma de o que estes olhos estão a pensar, estes olhos tão verdadeiros, estes olhos de vida cheios que transbordam em raios intensos o sentimento desta alma pura. Amo a vida com a compreensão absoluta de quem já enfrentou sozinho toda a escuridão do mundo, com a resolução de quem já ousou atravessar o inferno e não se importa de lá voltar para buscar o que lá não deixou e até outras coisas. Ouvem-me falar com este olhar? Vêem a vibração desta voz?

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