Zenit Hil da Jainkoa

Enquanto analiso a profundidade da alma humana, não ergo barreiras em lugar algum. Todos os recantos do mundo são dignos da minha exploração e não traço a minha fronteira nem às portas da loucura. Atravesso as linhas invisíveis que dividem os homens e instalo-me confortavelmente nas salas em que planeiam a minha morte ilegal. Escuto os seus planos maléficos e rasgo a minha camisola oferecendo-lhes as minhas carnes para que eles a chicoteiem e punam conforme quiserem. Nem pestanejo enquanto as chibatadas me são aplicadas. Pelo contrário. Mantenho os meus olhos muito abertos fixos nos meus carrascos. Assim, eles percebem a minha indiferença e a minha força. Só descansam quando percebem que eu estou morto, chamam médicos e professores para me analisarem. Eles confirmam o meu estado de cadáver e só então sou libertado, deitado fora, mas, como é óbvio não estou morto. A minha morte é uma rota ilusão para os facínoras. Tenho 100.000 anos de luta nos meus membros desgastados e continuarei a agastar os Senhores da Lei deste mundo cruel.

Zenit Hil da Jainkoa

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