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São 5 da tarde na casa mais desarrumada do planeta
Uma foto arrastada com uma luz e outra treta
Na almofada os livros repousam todos os seus corpos
Porque não têm cabeça amontoam-se dispersos
Como o?...
São 5 da tarde da minha consciência arrebitada

Carolina parece que dança
Enquanto nos meus sonhos balança
Segura entre os dois mundos

Analúcia está sempre tão lúcida
E isso deja vestígios na sua alma púdica
Mas pode ainda encontrar a pureza búdica

A Vitorina vitoriosa veperina
Voltou a vender alma
E isso fez-me pensar

O Agreste António e a Conceição
Preparam uma refeição
Com vitelos e cabras à descrição
Velados por velas em bela disposição
Sob candelabros de ouro em procissão
Era a fineza
O orgulho de uma geração
Mas nem tudo correu com a perfeição planeada
Dos Deuses apenas Baco apareceu com disposição
Para alçar as armas e fazer soar o canhão.
Quatro dos duzentos convidados iniciaram um motim bem para fora das portas do salão
Numa casa de banho por um forte motivo sem qualquer razão
Um homem explodiu e bateu na mulher por ela não ter coração
O ruído da luta soou como um trovão
Nas galerias, os passos da multidão
Ouviram-se sirenes, sons miragem da precipitação
Em massa
Geraram-se conflitos
Uns que corriam para ver a situação
Outros fugiam para conseguir a salvação
E ao fim do milésimo tropeção
Soou um tiro e viu-se sair fumo de uma mão E sangue salpicante de um distante coração
Longe de qualquer perdão como o de todos os inocentes que caem sem razão O seu baque no chão foi o instante do despoletar da confusão E os homens loucos empurravam-se enquanto esmagavam os seus irmãos com o tacão
Dos seus corpos que pesam mais quando estão insanos
Nessa noite morreram trinta e dois homens por uma razão qualquer da ocasião
A ocasião em que estavam inseridos
Alguns lutando para fugir da solidão Os filhos do caos jamais deixarão de pensar nas suas próprias sombras Zenit Saphyr

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