Gosto de coprografomaníacos, ainda que eu não o seja, graças aos céus. Como já referi noutros escritos a palavra coprografomaníaco foi inventada por mim para colmatar uma lacuna da língua portuguesa. Há uns anos tive um amigo, em França, que tinha o hábito maníaco, a obsessão até, de tirar fotos às suas fezes acabadas de expelir. Tinha na sua casa uma sanita muito particular, com o fundo mais largo que o habitual, onde as defecações boiavam livremente, permitindo uma fotografia esteticamente mais agradável, uma vez que as sanitas comuns, estreitas, feitas apenas para uma defecação vulgar, sem pensar na boa disposição dos excrementos, são muito estreitas e o cocó fica ali todo apertado, esmagando-se a si próprio como se fosse uma porcaria vulgar. Eu, às vezes, vou à casa de banho e fico chateado por não poder contemplar devidamente a minha obra e puxo o autoclismo resignado à vulgaridade com que são tratadas as excreções. Esse meu amigo, o Pierre, para além de tirar uma fotografia,...