A Execução do Criminoso
Quando as bombas rebentaram, do fundo da rua via-se uma espessa nuvem de
fumo que descia das nuvens. Caíam destroços de metal ardendo e um rio de sangue
escoava-se para os esgotos. Mil duzentas e quarenta e três pessoas foram assassinadas
pelo bombista.
Um grande criminoso, um verdadeiro velhaco, a pessoa mais odiada da Terra.
O Governo da Terra em que ele cometeu o crime decidiu, depois de o capturar,
puni-lo severamente.
Prepararam um foguete e lançaram-se pelos céus em direcção à Lua. Depois de
alguns dias de viagem aterraram. Um padre benzeu-o pela última vez antes de lhe
porem um fato lunar especial e um capacete. Atiraram-no para a superfície lunar
e instalaram câmaras na Lua para o filmar a sofrer.
Durante dois dias deambulou pela lua, como se isso fosse o último desejo
concretizado. Privado de alimentação numa paisagem desolada, o seu corpo foi-se
desligando até que foi acordado por um choque e uma voz desesperada que o
ordenava a tirar o capacete, se não a tortura do choque não ia parar. Por
alguns minutos o assassino resistiu a tirar o capacete, mas as dores
lancinantes fizeram-no arrancá-lo com toda a força.
O momento seguinte foi esplendorosamente captado pelas câmaras. O assassino
começou a sufocar e engoliu a própria língua, os seus olhos incharam e pouco
depois a sua cabeça explodiu.
Como é natural o assassino também tinha pátria e por lá, vê-lo humilhado
daquela maneira não era visto com bons olhos. Oito horas depois do primeiro
foguetão arrancar para a lua, durante a noite noutro lado do mundo, um outro
foguetão, de cor diferente, atacou os céus com a sua magnificiência. Ficou em
órbita durante alguns dias e depois avistou o foguetão da primeira nação, que
vinha da lua com a gravação da filmagem do assassino. Os dois gigantescos
foguetões colidiram nos céus e espalharam o seu lixo pelo espaço.
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