Relatos do Além-Mundo (2ª Parte)

Se nada mais somos que um longo e apurado erro à luz das estrelas, para onde devemos apontar os sentidos da nossa existência? Deviamos confrontar os nossos Criadores Acidentais com esta questão, para que eles nos explicassem para que servimos e vissem as consequências dos seus actos pouco premeditados.
A expressão procurar uma agulha num palheiro ganha uma nova dimensão quando pensamos na busca que terimaos de fazer pelos nossos Criadores Acidentais. Fosse o planeta Terra um imenso palheiro, com a palha aos montes elevando-se a uma altura de 10 metros, seria mais fácil nele encontrar a tão desejada agulha do que encontrar no Universo os Criadores Acidentais. Na altura em que eles deixaram o lixo do qual derivamos na Terra viviam num planeta da estrela mais próxima do Sol. Como esse planeta se tornou, para eles, inabitável, eles tiveram de partir à conquista do espaço e povoam agora um Sistema Solar distante, como se Deus tivesse partido, ficámos sós, a fervilhar vida e evolução num bonito planeta azul. 
A confrontação do Deuses (foi mesmo este o nome que inventámos para eles) é uma impossibilidade. Eles vivem noutra esfera, mesmo da compreensão.

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